O russo ex-numero 1 do mundo Marat Safin concedeu uma de suas raras entrevistas ao site norte-americano Tennis Smash, na qual falou da mudança de fases da sua vida, que incluiu recente abandono da vida em cargos públicos na Rússia e criticou o atual circuito.
A entrevista começa com o russo explicando porque, pouco após se aposentar do tênis com 29 anos de idade, decidiu pelo caminho da política: "Eu era jovem e inexperiente. Eles me convidaram. [Eram pessoas] 'Polidas' e 'simpáticas'. mas nõa me arrependo. Eu pratiquei e usei meu diploma de direito. Aprendi muito. ganhei muita experiência e finalmente, seis anos depois como político em nível federal de uma país enorme como a Rússia foi uma lição séria e uma conquista maravilhosa".
Safin revelou que a vida como políticoo limitou e impediu de viver a vida como gosta "rodeado de amigo, saindo, viajando, jogando por diversão" e exatamente por isso decidiu deixar a carreira política e vai "curtir a vida".
Questionado sobre o que fará de agora em diante, já que não pode apenas "gastar tudo o que ganhou no tênis", Safin declarou: "Tenho alguns pequenos negócios e outros projetos. Recebi algumas ofertas e convites, para vida social ou voltar à política, também ao tênis. Mas preciso pensar e escolher sabiamente antes".
Na Duma - câmara baixa do parlamento russo onde ocupava o cargo de deputado federal - Safin era presidente da comissão de assuntos culturais-religiosos e foi responsável pela escritura de projetos que facilitassem os atos religiosos por todo o país. Sua leia mais emblemática, feita por sugestão de minorias religiosas do país, eliminou a obrigação de que todo sacerdote ou religioso precisava obrigatoriamente avisar previamente as autoridades políticas e policiais locais de que um ato religioso, como missa ou cultos, seria realizado.
Safin que é de origem tártara e pertencente de uma das minorias religiosas russas sendo praticante do islamismo comentou seu trabalho nesse setor: "A Rússia é enorme. eu tinha que olhar por mais de 280 grupos religiosos e organizações, não era nada fácil. Sim, eu sou muçulmano, mas há espaço na Rússia para todas as religiões".
O russo, que a partir do próximo dia 30 disputará o torneio entre veteranos ao lado de dois ex-números 1 do mundo seus contemporâneos, o australiano Pat Rafter e o espanhol Juan Carlos Ferrero e outros grandes nomes declarou que não quer ser "treinador, comentarista de tênis na TV" e nada profissionalmente relacionado ao esporte. "Eu amo jogar de vez em quando para manter a forma, mas sem posições oficiais pra mim", pontuou ele.
"Eu não acompanho tênis muito, não assisto pela TV. Perdi o interesse. Eles jogam todos do mesmo jeito. Não temos muitas personalidades como [Roger] Federer e [Rafael] Nadal. Não sinto falta", pontuou.