Nicolas Almagro é membro de uma das gerações mais vencedoras da história do tênis espanhol. Dono de um jogo bastante sólido e inteligente, o espanhol chegou a figurar entre os 10 melhores do mundo, mas viu sua carreira atrapalhada por uma série de lesões.
O espanhol teve como seu melhor ranking o nono posto na ATP, atingido no ano de 2011. Em 2017, no entanto, Almagro amargou uma queda de mais de 100 de posições, ocupando atualmente o 143º posto. À medida que a temporada termina para os melhores ranqueados, o espanhol vem ao Brasil, como um dos principais nomes do Challenger do Rio de Janeiro, em novembro, em busca de se recuperar no circuito.
“A vida de pai vai muito bem, meu filho está crescendo muito rápido e, obviamente, precisamos nos adaptar às mudanças que esta situação traz. Todas as prioridades mudam, a vida muda. Você passa a ver a vida de uma forma diferente e até mesmo esquece mais rápido das derrotas”, confessou Nico.
Deixando a vida pessoal um pouco de lado, o espanhol aproveitou para falar do fantasma das lesões que assolam sua carreira. “São coisas que acontecem e é assim que procuro encará-las. Comecei o ano muito bem em Doha e já na partida contra Murray lembro que tive a primeira lesão, que não me deixou jogar até a gira de saibro. Pouco mais tarde, em Roland Garros, justo quando começava a recuperar meu nível, um mal jeito me gerou uma nova lesão. Esses acontecimentos me levaram a querer salvar 2017 de alguma forma e uma má decisão minha voltando sem estar com a perna 100% provocaram outro mal jeito em Metz e uma recaída que quase acabou com minha temporada”, recorda.
“2017 foi provavelmente meu pior ano como profissional, mas ao mesmo tempo, foi um ano em que minha vida mudou 100%. Por tudo isso, não esquecerei facilmente deste ano. O nascimento do meu filho foi um momento mágico, ter uma família é algo muito precioso, todo o resto são coisas que passam pelo caminho e não vão me derrotar”, comentou Almagro. “Estou preparado também para 2018. Tenho uma ideia clara do que quero: provar a mim mesmo que posso voltar a competir com os melhores. Se tenho que começar a jogar Challenger para chegar lá, assim farei, mas sobretudo quero ter a certeza que o desejo por competir segue intacto. No momento em que for assim, darei um passo em outra direção”.