Restando apenas alguns meses de punição antes de seu retorno às quadras, a russa Maria Sharapova concedeu uma entrevista à agência russa Tass onde falou sobre seu futuro, o retorno às quadras, bem como o receio de que seu físico não permita sua participação nas próximas olimpíadas.
Um total de 15 meses, esse foi o período a que Maria Sharapova foi condenada a ficar afastada das quadras, período que chegará ao fim no mês de abril de 2017. A expectativa pelo retorno da russa cresce a cada dia mundo afora, chegando ao ápice de o presidente da Federação Russa de Tênis, Shamil Tarpischev, apontar a russa como uma possível medalhista de ouro nas olimpíadas de 2020, em Tóquio. A russa, no entanto, prefere manter seus pés no chão.
“Não tenho planos tão à frente assim, no momento estou apenas concentrada no meu regresso no torneio de Stuttgart. Se estarei em Tóquio em 2020 é uma boa pergunta, mas ainda não conversei sobre isso com ninguém, nem parei para pensar ainda”, admitiu a russa que não disputa uma partida oficial desde o Australian Open 2016, quando foi eliminada por Serena Williams nas quartas de final.
Para Sharapova, 2016 foi um ano muito tumultuado, com muitas notícias girando em seu entorno e quase todas negativas. A única notícia realmente boa para a russa foi a redução de sua suspensão, de 2 anos para 15 meses. De qualquer forma, Sharapova perderia os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, um fato que marcou a tenista.
“Foi muito difícil para mim ver todos disputando as Olimpíadas, enquanto eu estava impossibilitada de jogar ali. Não dei muita importância a perder outros torneios ou Grand Slams”, confessou a ex-número 1 do mundo, que não esconde seu desejo voltar à uma Olimpíada desde que foi medalha de prata em Londres. “Seria maravilhoso voltar à uma Olimpíada, desde que minha condição física permita, mas não sei como meu corpo reagirá ainda, apenas saberei no futuro. Exatamente por isso que digo que ainda é muito cedo para levantar esse tema”.
Além dos problemas com a suspensão, Sharapova também passou por problemas físicos em 2016, como a mesma contou. “Ano passado tive dores em um punho. Consultei-me constantemente com os médicos, mesmo que não pudesse competir. Foi difícil lidar com isso psicologicamente e houve um momento que comecei a me perguntar quando duraria meu corpo em forma. Em certo momento, confesso que pensei em aposentadoria”.
A participação da russa nas Olimpíadas de 2020 é algo muito remoto, mais remota ainda parece estar sua aposentadoria e o que fará com sua vida após o tênis. No entanto, há coisas que Maria já tem em mente. “Não creio que me dedique a ser treinadora. Como todos sabem, tenho minhas próprias empresas e elas tem crescido bastante nos últimos anos. A cada me interesso mais pelo mundo dos negócios, mas ainda tenho problemas de tempo. Quando me aposentar, poderei me dedicar integralmente”.