Por Gustavo Loio - Que incrível imaginar que, nos próximos anos, veremos muitos confrontos entre Carlos Alcaraz, 21 anos, e Jannik Sinner, 22, nas semifinais ou decisões de Grand Slam. E, nesta sexta-feira, o espanhol venceu o 9º e mais importante confronto entre ambos, o primeiro deles numa semifinal nesse nível de torneio. E o confronto direto, agora, está 5 a 4 para o número 3 do mundo.
Apesar da derrota, numa batalha eletrizante de cinco sets, o italiano sai de cabeça erguida da melhor semana da sua vida. Afinal, em Roland Garros, com a desistência do sérvio Novak Djokovic na rodada anterior, Sinner garantiu a chegada ao topo do ranking, feito inédito para um tenista da Itália. E que feito!!
Alcaraz e Sinner têm muito em comum: a juventude, o talento muito acima do normal, a humildade, a perseverança, a serenidade, o prazer de estar em quadra, entre outras virtudes.
Em sua quarta participação, o espanhol (ex-número 1 do mundo) alcança a primeira decisão no saibro parisiense. Até então, Alcaraz colecionava uma semifinal (ano passado), além de uma quartas de final (2022) e uma terceira rodada, em 2021, na estreia.
Domingo, o pupilo do ex-líder do ranking mundial e compatriota Juan Carlos Ferrero decide o título contra o alemão Alexander Zverev (de 27 anos, 4º do mundo), algoz do norueguês Casper Ruud, (de 25, 7º). Um grande rival, numa fase esplêndida, mas que busca, ainda, o primeiro Slam. Até hoje, Zverev só tem uma decisão de Major no currículo: no US Open de 2020. Em Paris, perdeu as últimas três semifinais.
Campeão do US Open de 2022 e de Wimbledon ano passado, o jovem Alcaraz está muito perto de conquistar o terceiro Grand Slam, chega com favoritismo pra buscar o inédito troféu, apesar de desvantagem no confronto direto: 5 a 4 para o alemão.
Aliás, nesta sexta, o espanhol se tornou o mais jovem, na história, a alcançar finais de Slam em três pisos diferentes.
Passagem de bastão
E o provável título de Carlitos em Roland Garros tem tudo para acontecer na edição que marcou a despedida de seu compatriota e maior vencedor do Grand Slam francês, Rafael Nadal (14 títulos).
Seria uma passagem de bastão interessante no saibro sagrado de Paris.
O tênis agradece.
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.