João Fonseca coloca time do Brasil em outro patamar na Copa Davis

Por Fabrizio Gallas - A classificação não veio. Ficamos por uma vitória da Itália. Com drama. Set-points pros italianos não aproveitados nas duplas em uma noite de domingo. Foi uma pena. No detalhe. Crédito: Green Filmes/CBT

Entre em nosso canal do Whatsapp - Entre em nosso Bluesky

Aliás, toda semana os jogos foram no detalhes e o time do Brasil competiu de forma incrível em todos os dias e todas as partidas contra equipes europeias fortes e lá no piso duro e coberto onde eles estão mais acostumados.
Thiago Monteiro, que tem poucas vitórias nesse tipo de condições na carreira, mais uma vez desempenhou grande papel como havia feito contra a Dinamarca e a Suécia. Por pouco não bateu Matteo Arnaldi no primeiro dia e deu uma baita virada contra Zizou Bergs no sábado. 
Todos os confrontos de duplas foram apertados. Uma grande vitória contra o forte time italiano e escapou contra a Bélgica e contra a Holanda.
João Fonseca, aos 18 anos, mostrou ter um espírito de Copa Davis. E com tão pouca idade. Uma estreia nervosa contra Berrettini onde poderia ter levado ao terceiro set. Depois deslanchou, contra jogadores mais experientes, mostrou coração que é necessário para jogar uma Davis e o saque como armas. 
Podemos até citar que ele não tinha pressão por jogar sua primeira Davis, mas o duelo contra a Bélgica enfrentou um adversário de pior ranking e um confronto de vida ou morte para o Brasil. E representou demais.
A programção acabou não nos ajudando. Monteiro jogou 3h40min na estreia e no dia seguinte precisava estar em quadra contra a Holanda. Faltaram pernas ali. Felipe Meligeni não vem em boa fase e pelo visto não se mostrava tão confiável para jogar em simples naquele momento. Talvez aí um Thiago Wild tenha feito uma falta. Mas precisamos olhar que o paranaense não vem em uma boa fase  e que merecia ficar de fora por ter desdenhado da competição no começo do ano. Uma lição que o atleta com certeza vai aprender (se ele quiser voltar a jogar a competição, é claro!).

O que é importante é que temos agora um novo grande nome na Davis que poderemos contar por muito tempo . Já já, Fonseca se tornará um líder na equipe cada vez mais forte, robusta e coesa e a tendência é que voltemos às finais da Davis com frequência nas próximas temporadas e com potencial de irmos ao Final 8 que hoje é jogado em Málaga.