Voltando ao circuito, Brooksby revela ser um tenista com autismo

O norte-americano Jenson Brooksby, ex-top 31 da ATP, está retornando ao circuito profissional após uma suspensão de 18 meses por violação do Programa Antidoping do Tênis (TCAP) e revelou nesta semana que é autista.

Em entrevista a agência de notícias Associated Press, Brooksby contou que apesar de esta ser uma condição pessoal, decidiu que não manteria para si. O jovem que chegou ao posto de 31 do mundo em 2022 aos 21 anos não revelou antes ser uma pessoa que se encaixa no espectro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) por receio de como as pessoas receberiam a informação.

"É obviamente um tópico pessoal que, mesmo com pessoas com quem você pode se sentir muito confortável — na minha opinião, pelo menos por um longo tempo — não era (algo) para simplesmente sair falando como parte de uma conversa, sabe? Mas eu sempre pensei sobre isso e... eu, eventualmente, só queria falar sobre isso", declarou ele.

A reportagem ouviu também Michelle Wagner, apresentada como analista de comportamento certificada cuja área de especialidade são transtornos do espectro autista, e que trabalha com o tenista desde que ele tinha 2 anos e 9 meses.

Segundo Wagner, Brooksby apresentou "um quadro muito grave" quando criança e graças as mais de 40 horas semanais dedicadas a terapias desde a infância, que foram de terapia comportamento a de fala, hoje o tenista está "no extremo mais brando do espectro", que no Brasil é classificado como TEA grau 1 de suporte.

A terapeuta pontua que o caso de Brooskby é um "resultado incomum e único".

Para se ter ideia do caso de Brooksby, as terapias, contou o tenista, eram "para conseguir ao menos começar a falar... (e) então melhorar na comunicação e em situações sociais".