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Capitão argentino concorda com mudança de piso proposta pelo Rio Open

Sexta, 28 de fevereiro 2025 às 11:26:27 AMT

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Tênis Profissional

O capitão argentino na Copa Davis, Javier Frana, concedeu uma entrevista ao jornal chileno La Tercera em visita ao ATP 250 de Santiago, no Chile, e comentou o dato que aquele torneio e o Rio Open estejam pleiteando com a ATP a mudança para o piso rápido.



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Frana inicia sua reflexão concordando com uma fala recente do capitão chileno na Davis e treinador do polonês Hubert Hurkacz, Nicolas Massú. "Como jogadores, eu preferiria não fazer isso, que continue sendo mantido no saibro porque para nós é uma gira muito valiosa"

"Aqui também há interesses privados que têm a ver com uma questão econômica de poder sustentar um evento como esse, que é muito caro. E se os números não baterem, você não consegue. Às vezes também acontece que, se os números não forem bons, você acaba desistindo do evento porque ele não é financeiramente rentável e é um grande desperdício de dinheiro. Então, a gira pode acabar fracassando. O que precisamos fazer é ver como podemos defender melhor a posição da região. Espero que se defenda porque se isso acontecer, Buenos Aires também será afetado, que atualmente é muito saudável em termos de público, e isso é obviamente bom. Mas, ao mesmo tempo, se você não tiver os complementos, fica muito mais complexo", pontuou o argentino.

Cabe destacar que a organização do ATP 250 de Buenos Aires, que abre a gira sul-americana do tênis masculino profissional, não quer a mudança de piso e pretende manter sua tradição no saibro.

O capitão argentino então foi questionado pelo jornal se acredita que a gira regional está em desvantagem em relação ao mundo. "Estamos sempre em desvantagem porque nossos circuitos são muito menores, há menos torneios e, por outro lado, também temos nossos próprios problemas culturais que não têm nada a ver com o mundo do tênis, mas sim com as economias regionais de nossos países. Ou seja, nossos países costumam ter crises e nessas crises os torneios costumam ser afetados porque na Argentina o dólar dispara, um torneio é feito em dólares, ele se multiplica e fica muito mais alto do que você imaginava e em seis meses os números mudam", opinou ele.

"E é difícil trazer grandes tenistas, que muitas vezes não acabam dando o que talvez eles exijam antecipadamente e isso também é um problema. Como você não tem a possibilidade de contratar sete ou oito jogadores de ponta, você tem que trazer um ou dois bons, e não estou criticando, mas eles acabam não dando o que se espera deles", completou.

Frana não nomeia, mas o ATP 250 de Buenos Aires, em parceria com o Rio Open, trouxe com pagamentos prévios o número 2 do mundo, o alemão Alexander Zverev, além do número 13, o dinamarquês Holger Rune, e o 17 o italiano Lorenzo Musetti. Zverev não passou das quartas de final nos dois torneios, já Musetti acabou se machucando nas quartas na Argentina e não conseguiu se recuperar a tempo do torneio carioca, onde esteve e participou de todas as atividades extra-quadra previstas. Já Rune caiu na estreia na capital argentino, concedeu uma entrevista coletiva monossilábica e sequer foi para o Rio alegando estar sofrendo com sintomas de uma gripe.

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