Olivier Niggli, diretor geral da WADA, a agência mundial anti-doping, explicou a suspensão aceita por Jannik Sinner de três meses divulgada no último sábado.
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Ele pegou gancho de três meses após um acordo com a WADA que tinha ido ao tribunal esportivo, o CAS, pedindo inicialmente 1 até 2 anos.
Olivier comparou com o caso de 23 nadadores que testaram positivo para trimetazidina, uma substância proibida presente nos alimentos que comeram em um restaurante. Eles foram absolvidos, e o diretor geral da WADA, Olivier Niggli, explicou a diferença entre esse caso e o do italiano que foi pego duas vezes com Clostebol em março do ano passado.
As declarações foram ao podcast The Sports Ambassador.
"A principal diferença é que em um caso, alguém come uma refeição e testa positivo para uma pequena quantidade de uma substância. No outro, o atleta tem seu próprio funcionário, que tem uma responsabilidade, então o erro é dele. Há precedentes, você como atleta tem a responsabilidade de ter certeza os que o cercam contam. É a realidade do sistema pois caso contrário os atletas diriam que não era culpa deles e sim do técnico, do fisioterapeuta e tiraria a respnsabilidade do atleta", concluiu o diretor. Dessa forma, fica claro que o grau de responsabilidade do número 1 do mundo foi decisivo para receber aquela sanção de suspensão de três meses.
What's the difference in the anti-doping cases between #Sinner and the 23 Chinese swimmers? I asked the @wada_ama Director-General Olivier Niggli a few days ago for this week's podcast, not knowing a 'negotiated suspension' was going to be announced this week.#doping… pic.twitter.com/AEcAsPY52e
— Tracey Holmes (@TraceyLeeHolmes) February 17, 2025
Porta-voz da WADA, , James Fitzgerald, explicou porque a suspensão de 1 ano seria muito severa: "A sanção de 12 meses teria sido muito severa. Os fatos deste caso foram realmente únicos: não foi um caso de administração direta pela comitiva do atleta, mas de absorção transdérmica. O massagista do atleta (sem o conhecimento do atleta) tratou um corte no dedo dele com um produto contendo Clostebol. Por meio de uma análise completa do caso, a WADA verificou e concordou que o cenário do atleta era cientificamente plausível e bem documentado em fatos. Apelamos ao CAS para reafirmar o princípio da responsabilidade do atleta para com a sua equipe. Mas não se tratava de um caso de administração direta, a explicação era cientificamente plausível. Dezenas de acordos como esse foram feitos. Uma função fundamental do Artigo 10.8.2 é garantir que casos únicos que não se enquadrem perfeitamente na estrutura de sanções possam ser julgados de forma adequada e justa, desde que todas as partes e a WADA concordem."