'Exibições desestabilizam o ecossistema do tênis', afirma Pioline

Cédric Pioline, diretor do Masters 1000 de Paris, que acontece nesta semana, afirmou em entrevista durante o torneio, que os torneios de exibição acabam desestabilizando o ecossistema do tênis. O torneio parisiense sofreu com várias desistências de última hora.

Jannik Sinner, número 1 do mundo, foi um dos tenistas que teve que se ausentar da disputa do prestigiado torneio, alegando que contraiu um vírus para justificar sua desistência. “É um vírus que ele contraiu antes de chegar a Paris. Pude falar com ele mais cedo porque ele veio me ver com muita gentileza, ficou muito decepcionado com essa retirada”, comentou Pioline.

Quando perguntado sobre a interferência da exibição Six Kings Slam (Arábia Saudita), jogada dias antes de Paris, pode ter sobre a decisão de Sinner, Cédric ponderou: “Não cabe a mim julgar, cada jogador organiza sua temporada como achar melhor. Podemos dizer que Jannik tem uma programação lógica, não sobrecarrega o seu calendário”, pontuou. Na sequência, o dirigente fala mais especificamente sobre caso: “Existe a geopolítica do circuito e as discussões ao nível dos Grand Slams, da ATP e da WTA sobre consolidações ou mudanças. Hoje nada está decidido. É certo que, do meu ponto de vista, devemos estar vigilantes para que haja consistência com o dinheiro colocado na mesa nesta exibição saudita. É algo perturbador e que desestabiliza o ecossistema existente”.

O torneio Six King Slam gerou muita polêmica na comunidade tenística, com opiniões divergentes. Muitos acreditam que atrapalha o circuito, enquanto outros acham que faz bem para o esporte. Sinner foi o grande vencedor do curto e valioso torneio saudita, embolsando nada menos que US$ 6 milhões.