CEO da PTPA defende jogadores em exibições e reclama do calendário do circuito

O CEO da PTPA, siga em inglês para nomear a associação de tenistas entre homens e mulheres profissionais, Ahmad Nassar concedeu uma entrevista ao site italiano UbiTennis em que fala sua visão de futuro do esporte com melhorias dedicadas aos atletas.

Nassar aponta na entrevista que a fusão entre ATP e WTA em termos comerciais e de direitos será percebida e entendida em 2 ou 3 anos com mudanças significativas. Para ele, a melhoria do circuito e aumento de ganhos para todos os envolvidos passa pela organização do calendário tanto de WTA quanto da ATP.

"O calendário tem que fazer mais sentido. No momento, esse cronograma não faz sentido. E é uma rotina para os jogadores. É uma rotina para os fãs que tentam acompanhar onde seu jogador favorito está jogando a cada semana. E então consertar esse calendário, consertar problemas como partidas noturnas e bolas diferentes em diferentes superfícies de jogo que estão nas mesmas superfícies", destaca ele pontuando que aumentar a premiação financeira dos atletas é importante, mas é necessário também mudar a governança do esporte.

Nassar comentou que a PTPA participou de uma reunião proposta pelos torneios do Grand Slam junto a ATP e WTA durante o último Australian Open na qual foi apresentada a ideia do 'Circuito Premium' e convocou que em 2025, também em Melbourne as conversas voltem a ser retomadas no entorno de mudanças.

"Eles querem proteger seus torneios. Eles querem proteger seus empregos. Eles querem proteger. Tudo. Não estou culpando ninguém aqui", destaca ele, que sempre afirma estar em defesa dos direitos dos atletas.

"A única coisa que não podemos ter: inação. E então o que realmente precisamos é de uma função de força para dizer: 'pessoal, temos que entender isso'", seguiu ele destacando que há a maneira fácil e difícil de fazer a mudança e a 'fácil' é a proposta pela PTPA pelo diálogo "coisa que fazemos há dois anos", pontua.

"O que precisamos é de uma mudança real em um calendário real. Ano passado, a WTA pegou dinheiro externo de capital privado e eles disseram, teremos prêmios em dinheiro iguais. Até quando? 2033", destaca ele perguntando quantos dos atuais jogadores estarão ativos em 2033.

Questionado sobre as críticas que atletas, em especial do topo do esporte, jogarem torneios exibições mesmo reclamando do calendário Nassar defendeu os atletas: "Há uma má interpretação da situação. Os jogadores jogarem exibições nada tem a ver com calendário e sim com não serem pagos propriamente".