Becker nega ser salvador, valoriza equipe mas admite: ‘Verão ruim’ para Rune

Um dos maiores nomes do tênis mundial, Boris Becker voltou à tona depois de um longo período afastado de qualquer participação no circuito. Mas desde outubro, Becker voltou a atuar como treinador, no caso do dinamarquês Holger Rune (8º), de apenas 20 anos.

“Quando cheguei a Basileia (ATP 500), o diretor do torneio que me deu meu primeiro wild card em 1984 me abraçou. Imediatamente me senti em casa. A comunidade do tênis realmente facilitou muito meu restabelecimento aqui, começando com Holger, é claro. Em Paris, Cedric Pioline, contra quem devo ter jogado umas 15 vezes, cumprimentou-me calorosamente e perguntou-me: 'onde estiveste durante tanto tempo?'. Sentimos sua falta. Isso foi realmente ótimo para mim”, comemorou o lendário alemão.

"O início foi muito intenso porque estava em jogo a participação de Holger no ATP Finals de Turim. Para ser mais claro, ele teve um verão muito ruim. Discutimos por que ele havia perdido partidas. Foi por causa de seu forehand ou backhand ou foi por causa de sua atitude? Ele melhorou sua atitude jogo após jogo, mas também seu estilo de jogo."

Holger Rune termina a temporada com um único título conquistado em Munique (ATP 250 no saibro) e para Becker existe muita margem para melhora: “Na viagem de trem da Basileia a Paris houve críticas a manobras internas. Isso deve ser permitido e é por isso que pedi para poder dizer a verdade aos meus jogadores, mesmo que às vezes doa. As coisas melhoraram muito novamente em Paris.”

Sem querer ser o grande responsável, Becker valoriza nomes que fazem parte do time de Rune: “Posso ser o técnico principal, mas sou tão importante quanto o nosso analista Mike James e o preparador físico Lapo Becherini. E, de qualquer forma, Aneke é a mãe da empresa: ‘nada funciona sem ela’. Para uma pessoa de fora que nunca jogou tênis, ela tem um conhecimento incrível sobre tênis. E, acima de tudo, sabe o que é bom para o filho. Então quero enfatizar mais uma vez: é um esforço de equipe entre Aneke, Lapo, MJ e eu.”