O russo Daniil Medvedev, vice-líder da ATP, não está competindo no ATP de Moscou em razão de problemas físicos, concedeu no torneio uma entrevista coletiva hoje no torneio e afirmou concordar com Novak Djokovic a respeito de sigilo médico.
Medvedev atendeu jornalistas russo e falou muito sobre o título do US Open, conquistado há um mês e seu crescimento no circuito. O tenista também atendeu a imprensa internacional através de videoconferência e falou sobre como a experiência de dois vice-campeonatos de Grand Slam te ajudou em Nova York.
"Com 100% de certeza ajudou. Ter experiência de ajuda em pontos chaves. Eu não sou o tipo de cara que quando faz algo pela primeira vez faz com perfeição, realmente preciso experimentar coisas, algumas difíceis, para aprender de erros e também de acertos. Eu perdi duas finais de Grand Slam[US Open 2019 e Australian Open 2021], foi ótimo estar naquelas finais, mas eu fiz algo errado para não vencer os torneios e tentei aprender dos erros, em especial daquela final na Austrália [2021] contra Novak, eu vinha de 21 vitórias consecutivas e pensei que era entrar lá e tentar jogar o meu melhor tênis e ali eu percebi que isso não era o suficiente para vencer um Grand Slam, eu tinha de me preparar mais e estar mais apto", disse ele comemorando a condição de ter conseguido conquistar o título do US Open.
O russo ainda foi perguntado sobre como está vendo a situação do circuito sobre a Austrália, que exigirá vacina de todo tenista que quiser competir nos torneios locais, incluindo o Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada 2022.
"Eu gostei do que Novak disse há uns dois dias. Gostei da resposta, porque na verdade não sabemos qual foi a pergunta feita a ele. [Djokovic] disse que prefere manter seus detalhes médicos em privado. Isso é algo que eu sempre digo, não apenas sobre vacinação, por exemplo, se estou tomando algo, prefiro manter isso em sigilo. Eu tive de dizer a ATP o que era, mas eu não vou dizer a você o que aconteceu e eu não me senti bem em Indian Wells, durante o torneio, o que me impossibilitou de competir em casa [ATP de Moscou]", iniciou.
"Sobre a Austrália, eu mantenho minhas informações médicas em sigilo por uma razão: o tênis é um esporte brutal, individual, e eu não quero dar aos meus oponentes nenhuma chance de conhecer minhas debilidades. Mas a Austrália é específico, porque você pode ir pra lá com uma quarentena de 40 dias, pelo que eu entendi, mesmo que não seja vacinado. Eu não acho que alguém vá fazer isso. Veremos quem vai jogar ou não, todo mundo que estiver lá, estará vacinado. Claro que vai ter alguns que disseram 'estou com lesão', 'estou com isso...' e não pode estar lá, mas não se sabe, né? Eu quero jogar na Austrália e é tudo o que eu posso dizer sobre isso".