Daniil Medvedev, quinto da ATP, conversou com a imprensa nesta sexta-feira na entrevista prévia ao Australian Open, onde já foi três vezes vice-campeão. Medvedev fez uma comparação curiosa sobre a parceria entre Novak Djokovic e Andy Murray.
Medvedev começou a entrevista comentando que está muito satisfeito com sua preparação para o Australian Open, mesmo sem jogar torneios prévios. O russo destacou que os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro são muito importantes na cultura de seu país, em especial pela "chegada do Papai Noel" e por esta razão optou por não jogar torneios anteriores ao Slam.
"Pra mim a temporada começa muito cedo. Estou naquela idade em que quero estar em casa. Não me vejo jogando nada antes do Aberto da Austrália, porque gosto de passar esse tempo com minha família, que está crescendo", contou ele que deu neste fim de ano as boas vindas a seu segundo filho, que ainda não revelou nome ou sexo. A primogênita de Medvedev tem 2 anos e se chama Alisa.
Pela primeira vez o russo comentou a parceria entre o sérvio NOvak Djokovic e o ex-número 1 do mundo Andy Murray: "É difícil avaliar o impacto que isso terá em Novak. Novak é tão forte que se ele vencer, será por causa de Andy ou porque ele é o Novak?", questionou.
O russo vê com bons olhos a parceria: "É uma ótima combinação em muitos aspectos: energia, para a imprensa, para o crescimento do tênis. É ótimo. Imagine se Messi se tornasse o treinador de Cristiano Ronaldo, seria estranho".
Medvedev foi questionado se acredita que faria como Murray e logo que após se aposentar se voltaria ao circuito como treinador: "Quanto a mim, como treinador, não tenho ideia do que farei depois da minha carreira. Pode ser qualquer coisa, relacionado a tênis ou não. Ouvi dizer que é muito estressante ficar no banco. De certa forma, você não consegue controlar o que seu jogador faz, é uma sensação mais difícil. Já consigo ver isso em competições por equipe: quando você quer que seu companheiro de equipe vença, não é a mesma coisa que estar em quadra", confessou.
Questionado se o embate público promovido por Nick Kyrgios contra o italiano Jannik Sinner e a polonesa Iga Swiatek vai acabar com o clima do vestiário no Australian Open, o russo fez questão de relatar que se dá bem com a maioria dos atletas, mesmo que as relações sejam próximas mais a uns que outros. Medvedev ainda pontuou que o olhar deve estar para um possível encontro entre Kyrgios e Sinner, porém, ele mesmo não viu o australiano: "Não acho que a situação ruim entre dois ou três jogadores vá estregar o ambiente", disparou.