Kyrgios ressalta importância de seu retorno para o tênis e destaca Fonseca

Sempre polêmico, o australiano Nick Kyrgios compareceu a sala de imprensa em Melbourne Park e falou com os jornalistas de suas expectativas para o Australian Open, após dois anos de ausência por conta de lesões. Kyrgios ainda destacou João Fonseca.

O tenista que se recuperou de uma lesão no punho revelou que ainda não está 100% da lesão no abdômen que sofreu na ultima semana em Brisbane, mas está positivo para competir.

Durante a entrevista coletiva, Nick Kyrgios  tentou se distanciar de polêmicas envolvendo os casos de doping de Jannik Sinner e Iga Switeak e ao ser questionado sobre os protocolos, apenas  pontuou que foi testado quatro vezes no últimos meses e que tem certeza absoluta de que não há chances de positivo.

Questionado sobre o que falta a um torneio quando ele, Nick Kyrgios, não está, o australiano não escondeu a modéstia: "Assistimos a esse esporte porque queremos personalidades. O que gostamos no tênis é esse aspecto um-contra-um, eu sempre gostei disso. Você vê como uma pessoa resolve quebra-cabeças ao longo de quatro ou cinco horas e percebe as emoções que essa pessoa experimenta. É como um drama, um teatro. Meu retorno levanta algumas questões sobre o que vai acontecer hoje. Eu amo isso. Toda vez que vou para a quadra não sei se vou gerar polêmica de uma forma boa ou ruim".

"Ao longo da minha carreira, nem sempre aconteceram coisas boas, mas isso adicionou muita emoção ao jogo. E eu acho isso importante. Há muitos jogadores espetaculares no circuito atualmente, mas não acho que haja tanto contraste de personalidades. É saudável para o circuito que Nick esteja de volta e jogando", disse ele destacando que o esporte está tedioso.

Questionado se o tempo fora do circuito o levou a temer que as coisas evoluíssem a ponto de ele não conseguir acompanhar, Kyrgios negou e destacou que quando tinha a idade atual de Jannik Sinner (23 anos) e Carlos Alcaraz (20) ele teve de enfrentar: " quatro dos melhores jogadores de todos os tempos em seu auge, buscando estatísticas lendárias para meu legado. Foi muito difícil".
Então o australiano seguiu pontuando que estamos vivendo uma troca de gerações: "Há uma safra incrível de jogadores jovens. Eles são talentos fantásticos. Você olha para alguém como (João) Fonseca, que tem 17 ou 18 anos e está jogando um tênis absurdo. É a geração do futuro e ela vai bater à porta muito em breve".
Nick Kyrgios afirma que não está obsoleto, apesar de algumas pessoas lhe mandarem' cair na real': "Se eu tivesse entrado em quadra pela primeira vez contra Nadal, Djokovic ou Federer e tivesse sido realista, provavelmente não os teria vencido", disparou.