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Sem nada a perder, Thiem pode ser ainda mais perigoso

Sexta, 31 de janeiro 2020 às 15:38:24 AMT

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Tênis Profissional

Por Gustavo Loio - Está muito longe de ser uma tarefa fácil encarar um dos maiores jogadores da história. E, ainda por cima, em uma final. Poucas situações são mais desafiadoras do que enfrentar Novak Djokovic na decisão do Aberto da Austrália.



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Domingo, caberá a Dominic Thiem tentar desbancar o Rei de Melbourne. E se tem um jogador que não teme favoritos, este é o tenista austríaco.

Aos 26 anos, Thiem  é um dos que mais evoluíram nas últimas temporadas. Em 2018, em Roland Garros, disputou sua primeira final de Grand Slam. No mesmo ano, travou uma batalha épica, em cinco sets, contra Rafael Nadal na semifinal do US Open. Perdeu as duas para o espanhol, mas mostrou muito talento. Ano passado, voltou à decisão no Grand Slam francês, novamente superado pelo tenista nascido em Palma de Mallorca, que ganhou todas as 12 finais que disputou em Roland Garros.

Em Melbourne, há dois dias, o espanhol novamente cruzou o caminho do austríaco. Dessa vez, Thiem se impôs e, embora tenha titubeado em alguns momentos finais, retomou as rédeas do jogo e ganhou por 3 sets a 1 (venceu os três tiebreaks da partida, em uma das muitas provas de que seu mental está muito bem).

O número 5 do mundo é um jogador que vem atacando com uma precisão cada vez maior e costuma mostrar eficiência quando precisa se defender. Ele tem tudo para fazer um grande jogo domingo e, quem sabe, surpreender o favoritíssimo e heptacampeão Nole, que nunca perdeu uma decisão em Melbourne.

Até agora, Djokovic, que busca o 17º Grand Slam, só perdeu um set em seis partidas, para o alemão Struff, na estreia,  esteve muito perto de ceder a parcial inicial par ao suíço Roger Federer nas quartas de final. Em todos os outros jogos, o vice-líder do ranking venceu com autoridade e correndo poucos riscos.

Domingo, Thiem pode entrar em quadra achando que a missão de vencer o rival é praticamente impossível. Como também pode pisar na Rod Laver Arena ciente de que não tem rigorosamente nada a perder e muito a ganhar. Aposto que sua postura será a segunda. E, aí, teremos um grande embate.

 

Sobre Gustavo Loio:

Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.

 


 
 
 

 

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