O jornalista Demétrio Vecchiori, autor do blog Olhar Olímpico, utilizou o Twitter para denunciar o mau uso do Centro Olímpico do Tênis, no Rio de Janeiro, que é administrado pelo Ministério da Cidadania, sob comando de Osmar Terra.
Nesta semana, o Centro Olímpico de Tênis Maria Esther Bueno está recebendo o Campeonato Brasileiro Universitário de Futebol Society (IFuBrasil) e em postagem no Instagram era anunciado a abertura do "Open Bar" do campeonato, a partir das 15h da tarde deste sábado.
O jornalista compartilhou a imagem e ressaltou os altos custos da construção do complexo de Deodoro, onde está o COT, que ultrapassou R$ 2,45 bilhões de reais.
Os perfis do campeonato nas redes sociais foram apagados horas depois e nem o Ministério da Cidadania, que no governo de Jair Bolsonaro abarca a pasta dos Esportes, e nem o Centro Olímpico de Tênis se pronunciaram.
Parte do "legado olímpico" para a capital fluminense, o Centro Olímpico de Tênis faz parte da construção fixa do Parque Olímpico, que incluem ainda as Arenas 1 e 2 e o Velódromo. Juntos, os três espaços geram custos de administração e manutenção orçados em R$ 45 milhões por ano, saindo de fontes federais em sua grande totalidade.
O COT chegou a ser repassado para administração da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), como era o plano inicial do projeto, porém sem recursos financeiros, a administração de Rafael Westrupp "devolveu" o Centro Olímpico de Tênis para a União.
Desde o fim dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que teve Andy Murray bicampeão no masculino e Monica Puig campeã no feminino, o Centro Olímpico de Tênis já recebeu eventos ligados a futebol de areia, vôlei de praia, entre outros.
Centro Olímpico de Tênis sendo usado para balada open bar disfarçada de campeonato universitário de futebol society.
— Demétrio Vecchioli (@Olhar_Olimpico) 21 de abril de 2019
Nada contra, já fui muito, mas acho que não foi pra isso que o centro olímpico foi construído, tão caro. pic.twitter.com/wAVz9CGLd3