O esporte como ferramenta para promover uma educação cidadã entre crianças de 6 a 12 anos. Esse é um dos principais objetivos do projeto Química do Esporte, que em seu terceiro ano ensina tênis a alunos da rede pública de ensino de Mauá, na região metropolitana de São Paulo.
O Química do Esporte III conta com o patrocínio da Braskem, por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, e tem o apoio da Prefeitura de Mauá através da Secretaria de Educação.
O projeto, realizado pelo IPDA (Instituto Paulista do Desporto Amador), atende mais de 700 crianças de 6 a 12 anos, em dois núcleos esportivos-educacionais na cidade, que funcionam na Escola Municipal Professora Neuma Maria da Silva, no bairro Paranavaí, e na Escola Municipal Professora Terezinha Leardini Branco, no bairro Jardim Zaíra.
Ano a ano, o Química do Esporte ganha novos participantes e colhe resultados positivos na comunidade de Mauá. “Projetos sociais são ações concretas para solução de problemas. Ouvimos as necessidades de escolas da rede pública de ensino e as transformamos em oferta de prática esportiva. Os números, que o projeto apresenta, ilustram nosso modesto desempenho. Neste terceiro ano já conseguimos aumentar a frequência em sala de aula, o percentual da média das notas dos alunos e nos foi reportado a melhora no comportamento. É o efeito replicador do esporte. Conceitos básicos implícitos no cotidiano de nossas atividades”, ressaltou Marcelo Rezende, presidente do IPDA.
Alunos de 6 a 12 anos das duas escolas e jovens que moram na comunidade perto das escolas também frequentam as aulas de tênis, que são oferecidas semanalmente, com um hora de duração. São aulas de iniciação esportiva, o Pré Tênis, que utiliza materiais lúdicos e adaptados para a prática.
“O projeto tem trazido muitos benefícios na aprendizagem dos alunos, no comportamento propriamente dito e na educação da comunidade como um todo. Percebemos uma modificação cultural com relação a preferência pelo esporte, uma vez que nossos alunos que foram para o Ensino Fundamental em outra escola ainda praticam o tênis aqui no nosso espaço. Acreditamos que com essa cultura que vem se desenvolvendo, em pouco tempo teremos outros locais para essas crianças jogarem na região e já temos várias crianças que vem se destacando na prática e que são possíveis apostas quem sabe para uma olimpíada futuramente”, observou Lucimara Loro Scudeler, assistente de direção da Escola Municipal Professora Neuma Maria da Silva.
Lucimara também destaca: “Uma outra questão importantíssima, tem relação direta com o respeito da comunidade pela escola, pois tínhamos altos índices de vandalismo no prédio e há pelo menos 1 ano e meio estamos com a escola sem sofrer pichações ou vandalismos; percebemos uma evolução cultural e social da comunidade, que passou a cuidar do bem patrimonial que é acesso de educação e lazer das crianças”.