Murray põe em dúvida participação na Austrália

O calvário de Andy Murray em sua carreira não parece querer ficar apenas em 2017. Após uma partida de exibição na Escócia com Roger Federer, o britânico voltou a colocar em dúvida sua participação no Australian Open 2018.

O calendário de Murray já aponta sua reaparição no ATP 250 de Brisbane, como um preparatório para o primeiro Grand Slam do ano. “Espero poder estar ali, a reabilitação tem corrido bem, mas nunca se sabe”, comentou o ex-número 1 do mundo, que reconheceu errada sua decisão de tentar jogar o US Open. “Cometi um erro ao tentar me preparar para o US Open, me deixei levar pelo desejo de participar do último grande torneio da temporada”.

“Estou treinando há algumas semanas e há dias que me senti muito bem, mas em outros nem tanto. Voltarei quando achar que estou realmente pronto”, assentiu o britânico, tendo aprendido a lição e sabendo que deve elevar a intensidade de seus treinos pouco a pouco. “Estou batendo bem na bola, mas sigo com 75-80% da intensidade e muito ainda tem que ser mudado até poder treinar duas ou três horas seguidas com 100% de minha capacidade”.

Questionado sobre se poderia assegurar sua presença nos primeiros torneios da temporada, Murray deixou a resposta vaga. “É possível que eu não possa retornar no início do ano e que não joga meu melhor tênis logo nos primeiros torneios que dispute. Estou querendo evitar a cirurgia no quadril de qualquer forma. Estou tendo a oportunidade de descansar e fazer bastante trabalho físico.

Murray também retirou sua participação no Mubadala World Tennis Championship em Abu Dhabi e já tem uma rota bastante clara. “Estarei alguns dias em Miami e logo viajarei para a Austrália para me aclimatar e tentar subir meu nível”, comentou Murray, que sentiu muito sua falta de ritmo na exibição contra Roger Federer, que aproveitou o momento para dar alguns conselhos ao britânico. “Tome seu tempo sem se importar com o quanto demore, mas o mais importante é que esteja 100% quando voltar, senão verá que é impossível vencer partidas”, declarou Federer em sua sessão de conselhos ao britânico. “Andy não deve se apressar porque ele ainda tem muitos anos pela frente na elite”.