O ex-número 1 do mundo e dono de 14 títulos do Grand Slam, o norte-americano Pete Sampras, será um dos homenageados pela ATP na edição 2017 do ATP Finals ao lado do também ex-número 1, o alemão Boris Becker.
Os dois tenistas, que protagonizaram uma das finais épicas da história do Finals, em um jogo de cinco sets, do qual Sampras saiu vencedor em 1996, darão os nomes aos dois grupos de disputa do Finals 2017.
A prática de se homenagear campeões do passo foi iniciada pela ATP em 2016, e além de dar os nomes do atletas, traz as lendas do esporte para perto do torneio tornando-os também atração da disputa.
Ao site da competição, Sampras escreveu sobre como revive sua história no tênis através de "memórias" pessoais e através de seus filhos.
"Como pai você precisa lutar suas batalhas com suas crianças. Enquanto eu nunca quis empurrar minha história goela abaixo dos meus filhos, eu gostaria de dar alguns exemplos aqui e ali do que conquistei como jogador, incluindo como venci esse torneio cinco vezes.
Eles têm 12 e 14 anos, e eu estou ensinando-lhes que eu nunca entreguei um troféu, o quanto eu trabalhei duto e fiz muitos sacrifícios para ser o melhor do mundo. Eu estou dizendo a eles como você pode conquistar qualquer coisa, desde que você queira isso o suficiente", escreveu.
No decorrer do texto o norte-americano, que dominou o tênis na década de 1990, conta que seus dois filhos são "curiosos e orgulhosos" da carreira do pai, mesmo que nunca o viram, ao vivo, segurando uma taça. Sampra revela ainda que não assiste muito seus jogos, salvo quando seus filhos os encontram na internet e querem lhe mostrar. Para o eterno rival de André Agassi, as memórias das quadras são revividas mentalmente.
"Estou honrado que a ATP nomeou um dos grupos da disputa de simples da próxima semana com meu nome, isso é tocando. A primeira vez que ouvi pensei: 'Que legal!' agora sinto uma conexão forte com os outros campeões. E com o outro grupo nomeado por Boris, tem sido uma oportunidade de recordar sobre aquele jogo, quando nós dois estávamos no ápice de nossas carreiras", seguiu Sampras que chama a final de 1996 de "partida épica".
"Ser parte deste esporte é uma emoção. 20 anos depois e eu sigo sem esquecer do barulho vindo da torcida incrivelmente alta, apaixonada e posso ouvir meu grito depois de bater a passada de backhand para quebrar o serviço de Boris. Havia muita energia no lugar, foi eletrizante. Também me recordo da exaustão que senti - e como meus pulmões queimavam - depois venci o jogo em um rally de 25 ou 30 trocas. Boris e eu nos abraçamos na rede. Finalmente nós podiamos abaixar a guarda", rememora.
Você pode ler na íntegra e em inglês o texto de Pete Sampras clicando aqui.