Por Marden Diller - Bruno Soares e Jamie Murray acabaram eliminados, novamente, na semifinal do Rio Open. Apesar da derrota dolorida com direito a match point perdido, Bruno defendeu a boa campanha da dupla e se mostrou empolgado para os próximos torneios.
“Foi o melhor ano que jogamos aqui, como eu disse ontem. Eles infelizmente estavam muito firmes, jogando sempre com o primeiro saque, foi dificil entrar nos pontos. Acho que sacamos super bem também, tirando aquele meu game de 15-40 no segundo set. Jogamos bem, acho que se fosse reclamar algo que faria diferente, falaria daquele 7-6 no match tie-break que saquei mal, depois no match point que a bola escapou um pouquinho na minha devolução, mas fora isso fizemos uma boa campanha e jogamos três bons jogos, é uma pena não estamos na final”.
“Nos outros anos achei que jogamos bem mais ou menos, então chegar à semi era sair no lucro. Mas esse ano eu fiquei chateado, estávamos jogando um nível bom de tênis, fazendo tudo certo. De longe essa foi a derrota mais dura”.
Indagado sobre o que saiu de errado na partida, Bruno manteve seu discurso da necessidade de tomar a frente nos pontos de modo a tirar o ritmo dos adversários.
“É o que eu já falei, precisávamos ser agressivos primeiro, mas com as condições da bola e da quadra não tem como ser agressivo na primeira devolução, a bola anda muito e a devolução sobra e depois só vem pancada. Nós conseguimos fazer isso diferente no US Open, mas aqui as condições simplesmente não permitiram”.
A relação de insatisfação do brasileiro com as bolas utilizadas no torneio já são mais do que conhecidas nos corredores do Jockey Club. Novamente, Soares disparou contra as bolas Head utilizadas no Rio Open, alegando que a bola nivela o jogo em um baixo nível.
“Eu não sou muito fã da Head, então essa bola é ruim em qualquer condição. Ela nivela por baixo, deixa o jogo feio, causa muito erro grotesco, coisa que você não vê com bolas mais pesadas. Junta isso com as condições de calor aqui do Rio que deixam o saibro mais lento e vira um desastre. Sei que é a única bola que tem, tenho que parar de reclamar e tentar jogar. Às vezes consigo parar de reclamar, às vezes não”.
A próxima parada da dupla será no ATP de Acapulco, no México. Torneio que contará com as presenças de Rafael Nadal e Novak Djokovic. Bruno se declara empolgado para o próximo desafio e espera que a bola utilizada não seja a mesma que lhe deu tanta dor de cabeça nesta semana.
“A quadra lá é rápida mas anda bem mais lenta que aqui, não sei que tipo de bola eles usam lá, era uma Wilson pesada, mas pode ser que seja Head agora”, brincou arrancando risadas dos presentes. “A quadra lá é bem áspera mas a adaptação é tranquila, nosso piso favorito, então vamos empolgados”.