Não seria hora de Bia Haddad parar e resolver o problema físico ?

Por Fabrizio Gallas - O saque vinha sendo um calcanhar de aquiles há meses. Era notório que depois de certo tempo, na maioria dos jogos, o serviço não andava e por muitas vezes vinha como um "peteleco", o que deixava o restante do jogo muito vulnerável. Crédito: Jimmie 48 Photography/WTA

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Nesta quinta-feira, 24h após uma verdadeira batalha na estreia, os problemas voltaram e Bia Haddad não suportou. Pediu atendimento, chorou e desistiu. A brasileira sofre com as costas desde o início da carreira. Parou em 2017 na região baixa da coluna após sofrer uma queda em casa, depois uma cirurgia de hérnia de disco em 2018, sentiu a lombar ano passado contra Elena Rybakina nas oitavas de Wimbledon, também teve problemas contra Jabeur em Stuttgart, em abril. Este ano já havia acusado o problema lá em Abu Dhabi quando perdeu aquela batalha para Daria Kasatkina na semifinal. Depois acabou desistindo das duplas e fez uma partida bem ruim em Doha dias depois, tomou um 6/0 de Jasmine Paolini em Dubai. 

Recentemente, Bia revelou que passou por infiltração nas costas. Só não disse quando, se foi recentemente logo antes das Olimpíadas ou em algum período anterior no Brasil. 

É preciso entender a decisão da tenista e sua equipe. O meio de temporada era de muitos torneios importantes, semifinal de Roland Garros a defender, oitavas de Wimbledon, uma Olimpíada inédita a disputar. A WTA ainda impõe uma regra para as top 30 em ter que jogar todos os torneios 1000 sob penalização na pontuação. Em caso de desistência tardia a tenista é passível de multa ainda. 

Mas diante do desempenho abaixo da média e dos resultados talvez a decisão da tenista e seu staff tenham sido equivocados. Não seria agora, diante do quadro de piora, o momento de parar e sanar o problema ? Sim, temos um US Open pela frente e os eventos de final de ano onde tem aqueles 700 pontos do Elite Trophy a descartar em novembro. Mas será que vale o risco ?

Vamos aguardar. Aguardar também por mais esclarecimentos da atleta pois até o momento os problemas não incomodavam aparentemente, mas qualquer um que entende razoavelmente de tênis notava que a parte técnica estava sendo influenciada.