A ucraniana Elina Svitolina, 21ª favorita, passou fácil às quartas de final de Wimbledon nesta segunda-feira ao superar a chinesa Xinyu Wang. pelo placar de 6/2 6/1 em apenas 55 minutos de duração. Crédito: Reprodução Disney+
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Ela está de volta às quartas do Grand Slam mais tradicional do esporte onde vai encarar a campeã de 2022, a cazaque Elena Rybakina, quarta colocada e melhor ranqueada no torneio. Após o jogo porém ela lembrou de um bombardeio russo que deixou 36 pessoas mortas e atingiu um hospital pediátrico que cuida de crianças com câncer em Kiev, a capital da Ucrânia. O país ainda é assolado pela guerra contra os russos.
"Não foi fácil focar hoje na partida. Desde a manhã foi difícil escutar as notícias, entrar em quadra foi extremamente duro. Estou feliz por poder jogar e sair com a vitória", disse a ucraniana chorando na quadra 2 do All England Club.
"Hoje é um dia incrivelmente triste para todos os ucranianos. Foi muito difícil para mim estar aqui de certa forma e fazer qualquer coisa. Eu só queria estar no meu quarto. Apenas estar lá com minhas emoções. Quando você tem esses dias tristes você não quer fazer nada. Foi esse tipo de dia para mim. É difícil para mim explicar. Para nós, ucranianos, isso está muito próximo do nosso coração. É um tema delicado. São emoções sensíveis que sentimos todos os dias. Foi um dos dias ainda mais difícil. Um míssil caiu no hospital infantil. Imediatamente você vê as imagens e o que aconteceu ali. Tantas crianças perderam a vida. Hoje é um dia extremamente difícil."
“Cada ucraniano está usando sua própria maneira de conscientizar, arrecadar dinheiro e ajudar de todas as maneiras possíveis. Meu caminho é através do tênis. Isso realmente me motivou hoje a fazer algo. Tento me concentrar no meu trabalho e no que posso controlar e apenas fazer o que posso de certa forma. Estou jogando um evento incrível como Wimbledon. Tenho também de pensar em como posso usar isso para o povo ucraniano. Pelo menos com a minha vitória de hoje foi uma pequena luz que trouxe um momento feliz para o povo ucraniano. Recebi tantas mensagens hoje.. que as pessoas estão gratas pela minha vitória hoje. Isso me traz muita, digamos, alegria de certa forma, durante este dia triste.”
A jogadora disse ainda ter família em seu país de origem: "Sim, tenho minha família lá. Meu pai ficou lá por algumas semanas para ver minha avó. Eu tenho meu tio. A família dele está lá. Tenho muitos amigos lá. Quase todo mundo mora na Ucrânia. Tenho contato praticamente todos os dias. Tenho conversado diariamente com Sergiy Stakhovsky, um nome bem conhecido no tênis. Ele está ajudando muito com minha fundação. Ele é meu amigo próximo. Foi bom ouvi-lo e também ouvir o que realmente está acontecendo por meio de meus amigos e familiares, não apenas pelas notícias da mídia. É bom ouvir suas vozes. Claro que são vozes tristes, mas meu coração aquece quando falo com elas."