O VAR (sigla em inglês de Assistente Árbitro de Vídeo) impactou consideravelmente o papel do juiz e como regras são aplicadas no futebol. De maneira similar, o tênis também viu mudanças tecnológicas.
Engana-se quem pensa que os esportes hoje em dia são praticados exatamente da mesma forma que em tempos passados. E não é preciso nem ir muito longe: há 20 anos atrás, por exemplo, o cenário do tênis era bem distinto. As causas para as mudanças são muitas, mas a principal é o avanço tecnológico.
Embora algumas buzzwords como “inteligência artificial” e “algoritmo” estejam em alta,
considerando o seu papel na internet e nas redes sociais, as tecnologias vão muito além do mundo digital, o que tem reflexos nos esportes. No caso do tênis, podemos citar as mudanças na produção de bolas e raquetes.
De maneira geral, as regras não se modificam, mas as tecnologias nos materiais usados para praticar o esporte garantem melhores desempenhos, o que é positivo para atletas e torcedores. Mesmo os mais apaixonados podem desconhecer exatamente como os equipamentos do tênis se modificaram.
Tecnologias usadas nas bolas de tênis
Não é preciso dizer que a utilização de materiais adequados na produção de bolas de tênis é
essencial ao desempenho dos atletas e até mesmo ao “fair game” dentro das quadras. As bolas que antes eram preenchidas com areia, giz, pó ou serragem, passaram a ter o seu interior feito com borracha ou lã.
A pressão também é extremamente importante, motivo pelo qual as bolinhas de tênis modernas são guardadas em plásticos selados a vácuo. Apesar de todo esse cuidado, elas são trocadas com frequência durante jogos oficiais, a fim de que não exista prejuízo para nenhum dos tenistas jogando.
Curiosamente, até mesmo as cores da bolinha de tênis não se mantiveram estáticas durante as décadas. O modelo atual, com listras brancas em sua extensão, cumpre o propósito de auxiliar os tenistas a traçar uma trajetória estimada, o que é um exemplo de tecnologia nem sempre explorada.
Embora as tecnologias dentro do campo sejam as mais mencionadas, a verdade é que novidades impactam o tênis também fora das quadras. Um exemplo são as plataformas online, as quais hospedam desde notícias sobre o esporte até a possibilidade de apostar em jogos de tênis vindouros.
Na internet, fãs do tênis procuram por uma lista de plataformas de jogos com bônus no cadastro para apostarem em seus atletas favoritos e interagem com outros interessados na atividade, algo que até alguns anos atrás só era possível em partidas ao vivo, pouco comuns no Brasil.
Também não podemos deixar de mencionar as transmissões dos jogos, os quais muitas vezes não têm espaço na televisão aberta. Dessa forma, fãs de tênis conseguem assistir aos jogos em sites dedicados, através de transmissões ao vivo, com direito a comentaristas que compartilham o amor pelo esporte.
A evolução das tecnologias das raquetes sempre teve como objetivo melhorar o manuseio do objeto por parte dos tenistas. Primeiro existiu a madeira, e então o alumínio, culminando no uso do grafite. Atualmente, o material utilizado na confecção das raquetes é o grafeno, algo bem recente, de 2013.
A aerodinâmica das raquetes também tem importância crucial, o que se reflete nas tecnologias usadas na produção dos objetos. Embora nem sempre os equipamentos pareçam inovadores do ponto de vista visual, o que está por trás é muito mais complexo e sentido somente pelos tenistas em quadra.
A tecnologia dos chips integrados merece ser mencionada nessa categoria, algo que possibilita aos tenistas analisar suas jogadas e treinar com base em dados de performances prévias. Para alguns, a alternativa soa como algo saído diretamente da série de ficção “Black Mirror”, mas ela é bem valiosa.
Como deu para perceber, nenhuma das aplicações tecnológicas nos equipamentos modifica o que é integral ao esporte e à sua prática: em seu cerne, o tênis continua sendo o mesmo. Apesar disso, é impossível ignorar as aplicações práticas das inovações na produção de bolinhas, raquetes e outros.
O que o futuro reserva para o tênis é difícil de “cravar”. Tendências mudam o tempo todo, de forma que é impossível prever sequer os próximos 10 anos do esporte. Apesar disso, há a certeza de que as inovações continuarão tendo como prioridade a melhoria da relação entre o esporte e os atletas.