Becker sobre Djokovic: ‘Quero compará-lo a Messi, LeBron James e Tom Brady’

Ex-número 1 do mundo, o alemão Boris Becker falou sobre seu ex-pupilo Novak Djokovic e disse que na sua opinião, “Nole” é mais do que um dos melhores tenistas de todos os tempos, mas sim, dos melhores atletas.

A grande temporada do sérvio em 2023 aos 36 anos de idade impressionou o alemão: “Para mim, ele é o rei leão. Fazemos tudo o que podemos para ensinar aos fãs de tênis o que é impossível ensinar: o que este jogador ganhou nos seus 16 ou 17 anos de carreira e talvez esteja a jogar o seu melhor tênis aos 36 anos. Novak venceu três Grand Slams este ano e chegou à final de Wimbledon, chegou perto do 'Golden Slam' aos 36 anos, isso é de outro mundo”.

Becker coloca Djokovic em uma prateleira muito especial dentro do esporte: “Talvez seja preciso olhar de forma mais geral e dizer que ele não é apenas o melhor tenista do momento, mas o melhor atleta. Quero compará-lo a Lionel Messi, LeBron James e Tom Brady. Para mim, essa é a categoria em que Novak Djokovic se enquadra porque todos esses atletas estão dominando ou dominaram seu esporte mesmo com trinta e poucos anos.”

Outro nome que foi abordado por Becker nessa recente entrevista foi o de Carlos Alcaraz (2º). O espanhol viveu grande momento entre o final do ano passado e este ano, mas a reta final de temporada de “Carlitos” deixou a desejar. Becker opinou sobre essa queda: "O duelo com Djokovic, se tornar o número um do mundo e vencer Wimbledon pela primeira vez: manter esse nível é a coisa mais difícil no tênis. Qualquer um pode ter um bom torneio ou um bom ano de vez em quando, mas manter esse nível ao longo dos anos é o verdadeiro desafio. Minha frase favorita neste contexto é: 'O vestiário nunca dorme'. Isso significa que os outros jogadores perceberam como é preciso jogar contra o Alcaraz para ter chances contra ele. É isso que aconteceu, outros jogadores evoluíram e o Alcaraz não”.

Becker ainda elogiou Alcaraz e apostou em uma evolução para a Austrália: “Adoro vê-lo jogar tênis no seu melhor, com seu trabalho de pés, sua variação, seu saque e seu forehand, mas os melhores jogadores se adaptaram a isso e sabem como contra-atacar. Estou convencido de que Alcaraz vai treinar algo novo ou diferente com Juan Carlos Ferrero no inverno e vai melhorar. Sua tarefa é desenvolver ainda mais seus pontos fortes. E também estou convencido de que veremos um Carlos Alcaraz muito forte no Aberto da Austrália de 2024.”