Goran Ivanisevic, treinador de Novak Djokovic, revelou que seu pupilo hoje em dia treina mais duro que quando era jovem. O sérvio encerrou o ano com o título do ATP World Finals, o sexto de sua carreira.
"Alguém lá em cima disse ‘vai terminar o ano assim’. Merece. Ninguém sabe como foi estar na pele dele, fazer parte da sua equipe. Não foi um ano fácil, mas acabou dando frutos. Quando é tenista você enfrentas pressão o tempo todo, mas tivemos de esperar para fazer o calendário e não pudemos nos organizar. Primeiro deixam jogar, depois já não. Foi uma montanha russa. Felizmente as coisas acalmaram e cada vez mais países abriram. Depois de Wimbledon esperávamos notícias positivas dos Estados Unidos, mas não chegaram", disse Ivanisevic.
O pior é a espera. Querer jogar e não sabet onde o poderá ir. No fim, podia ter terminado como número um do Mundo se a ATP não lhe tivesse tirado os pontos de Wimbledon. Nem vou falar dos outros oito mil pontos que não teve hipótese de disputar…"
Sobre o US Open em que foi impedido, Goran comentou: "Houve um momento depois de Wimbledon em que Novak começou a treinar à espera de boas notícias dos Estados Unidos. Eu tinha as minhas malas feitas. Ele estava se preparando, mas não havia notícias. Passou Cincinnati, mais uma semana e começou no US Open quando soubemos que não íamos.
O croata comentou que o sérvio treina hoje mais do que quando era jovem: "Treina ainda mais duro do que quando tinha 22 anos. Por isso continua a ser tão bom e ainda vai melhorar. A vontade de treinar e melhorar é incrível. Cuida do seu corpo. No meu tempo deixávamos o tênis aos 30, mas agora é assombroso. Vejam Roger Federer de dois anos atrás, vejam Rafael Nadal. Aparecem jogadores mais novos, mas Djokovic continua com fome de ganhar. Se continuar assim, vai ser sempre competitivo, favorito nos Grand Slams e nos grandes torneios."