Djokovic admite queda física: 'Colapsei'

Novak Djokovic, número 1 do mundo, lamentou a derrota na estreia no Masters 1000 de Monte Carlo, nesta terça-feira. Ele caiu diante do espanhol Alejandro Fokina, 46º colocado, por 6/3 6/7 (7/5) 6/1 após 2h54min.

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Fokina incrédulo após vitória

"Primeiramente gostaria de parabenizar Alejandro, hoje ele foi o melhor jogador. Ele conseguiu encontrar um ritmo melhor nos dois primeiros sets, eu estava no limite a partida inteira. Eu estava realmente perseguindo o marcador o tempo todo, então não posso falar muito sobre minhas opções. Tive chances de quebra em alguns games, mas perdi a maioria no primeiro set. No segundo mais do mesmo. Acho que ele poderia ter vencido esta partida em dois sets, lutei muito para chegar ao terceiro, mas depois colapsei fisicamente, não consegui mais me mexer."

O sérvio respondeu sobre o ano de 2022 cheio de problemas por não querer se vacinar e perder eventos importantes na Austrália e nos Estados Unidos: “Não quero pensar nessas coisas, obviamente é decepcionante perder um jogo e me sentir assim em campo, mas não vou parar por aqui. Vou seguir em frente, espero voltar à boa forma para Roland Garros, esse é o grande objetivo nesta temporada de saibro. Há alguns dias eu já sabia que levaria um tempo para me sentir bem em quadra novamente, historicamente sempre foi assim, nunca joguei muito bem nos primeiros torneios dessa turnê. Está tudo bem, eu aceito, tenho que continuar trabalhando."

Nole disputa agora o ATP 250 de Belgrado, na Sérvia: "Claro que estou decepcionado, ninguém gosta de perder, somos atletas profissionais e é isso que fazemos. Entramos em quadra para competir, para tentar vencer um ao outro. Não gostei de como me senti fisicamente no terceiro, fiquei completamente sem gás, não consegui aguentar as trocas. Se você não sente as pernas no saibro é missão impossível. Junto com minha equipe, vou encontrar uma maneira de redescobrir as ferramentas para enfrentar melhor meu próximo torneio em Belgrado”.

Djokovic negou ter sentido qualquer hostilidade do público: "Honestamente, eu não tive essa sensação, minha percepção foi exatamente o oposto. Na verdade, o público foi muito legal comigo, fui bem recebido. Acho que incentivaram os dois jogadores, principalmente nos pontos positivos. Já tive um ambiente muito mais hostil em outros momentos da minha carreira, então hoje foi ótimo, agradeço o esforço de estar lá por três horas.

"É normal ficarmos frustrados com certas coisas em uma partida como essa, sofremos sensações diferentes. Em termos de comportamento acho que estava bem, em todos os momentos achei que poderia dar a volta por cima e vencer a partida, continuei lutando apesar de ter tantos fatores contra mim, mas fisicamente estava longe do meu nível. É em situações como esta que você tem que trabalhar duas vezes mais, além disso, eu estava enfrentando um especialista em saibro, alguém que havia acabado de jogar uma partida no centro há dois dias. Esperava uma partida dura, uma batalha física, e foi. Infelizmente, estou na ponta do pau agora e minha semana termina aqui. Tenho que ser otimista e começar a construir até Roland Garros, onde quero chegar ao topo”.