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Djokovic tem visto cancelado na Austrália e é proibido de voltar por 3 anos

Sexta, 14 de janeiro 2022 às 04:50:00 AMT

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O sérvio Novak Nojokovic, número 1 do mundo, tdeve seu visto de entrada na Austrália cancelado oficialmente pelo Ministro da Imigração do país, Alex Hawke. Com os advogados preparados, Djokovic já recorreu novamente à justiça.



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Na madrugada desta sexta-feira, pelo horário de Brasília, o ministro Hawke assinou a revogação do visto do tenista e emitiu um comunicado em que diz que tomou a decisão após uma minuciosa análise de informações dadas pelo departamento de relações internas e a Força de Fronteiras da Austrália (ABF).

"Hoje exerço meu poder através da seção 133C(3) do Ato Migratório de cancelar o visto possuído pelo Sr. Novak Djokovic por motivos de saúde e boa ordem pública, baseado naqueilo que é de interesse público", declarou e seguiu: "O governo (Scott) Morrison está firmemente comprometido em proteger as fronteiras australianas, e em particular em relação a COVID-19", seguiu.

A seção da lei utilizada pelo ministro Hawke ainda determina que Djokovic não terá garantida a emissão de um novo visto de entrada na Austrália pelos próximos 3 anos, salvo circunstâncias que afetem diretamente os interesses do país.

Ainda no comunicado, Morrison fez questão de ressaltar os "muitos sacrifícios" feitos por todos os australianos durante essa pandemia, que está prestes a completar 2 anos oficialmente.

"Eles, com razão, esperam resultados daqueles sacrifícios para se protegerem. A pandemia tem sido incrivelmente difícil para todo australiano, mas temos de permanecer juntos e salvar nossas vidas e meios de subsistências. Nossos fortes policiais de fronteira têm de manter os australianos seguros, pré COVID e agora durante a pandemia".

Após a decisão, os advogados de Novak Djokovic voltaram a recorrer à justiça para evitar a deportação do sérvio e a audiência extraordinária deve ocorrer em breve,

Entenda toda a história

Não vacinado contra a COVID-19, Djokovic tentou entrar no país em 6 de janeiro, através de uma exceção médica para sua não-vacinação contra a COVID-19 expedida pelo governo da Victoria, estado onde fica a cidade de Melbourne e é disputado o Australian Open. A exceção do sérvio foi concedida após o tenista ter contraído COVID-19, de acordo com documentos e exames da autoridade de saúde da Sérvia, em 16 de dezembro de 2021.

O problema da entrada do tenista no país se deu porque a exceção clínica é válida para a Victoria, mas não para o governo federal australiano, que é responsável pelo controle de fronteiras e a imigração.

Djokovic passou a madrugada do dia 7 de janeiro sendo interrogado pelas autoridades migratórias da Austrália. Foi retirado de seu grupo de viagem (sua equipe técnica) e chegou a ficar 3h incomunicável, sem seu telefone celular, enquanto as autoridades procediam com as validações da documentação. O estado da Victoria foi acionado naquela madrugada para garantir e assinar a exceção do tenista, mas se recusou. Desta forma, Djokovic teve seu visto cancelado e foi para a custódia aguardar sua deportação.

Nesse processo, o tenista acionou seus advogados no país, que entraram na justiça. Em seu primeiro julgamento, nesta segunda-feira 10 de janeiro, o juiz federal Anthony Kelly considerou arbitrária a atuação dos agentes migratórios e determinou o fim da custódia do tenista, para que este pudesse treinar. A justiça australiana ainda determinou que fosse tomada uma decisão sobre o visto do tenista. A defesa do governo federal já havia informado, no início daquela audiência, que poderia revogar ou confirmar a qualquer momento o visto do atleta, de acordo com as leis e as regras migratórias australianas, independente da decisão judicial.

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