O italiano Matteo Berrettini está muito confiante que pode conquistar o título de Wimbledon, no confronto deste domingo contra o sérvio Novak Djokovic, e afirmou que está na grama mais tradicional do tênis mundial para ser o campeão.
"Eu não tenho palavras, só agradecer. Eu preciso de algumas horas para compreender o que está acontecendo", disse Berrettini ainda em quadra, que classificou como "um sonho" viver o ambiente da quadra central com os familiares e sua família próximos.
Em conversa com os jornalistas, após a vitória sobre Hurkacz, Berrettini fez uma análise completa do confronto, do seu ponto de vista: "As coisas começaram um pouco desordenadas, mas ao mesmo tempo acho que gerenciei bem a situação. Me senti com confiança e sabia que podia vencer. Pra mim, foi meu melhor jogo até o momento, estou bastante feliz com a minha atuação, acima de tudo no terceiro set, pois senti que poderia ter levado o jogo nele. Disse a mim mesmo: 'Você está jogando melhor que ele, se mantenha assim e vais vencer'".
O italiano voltou a falar da família e um de seus melhores amigos presentes na partida. Berrettini recordou que aprendeu a jogar e ganhou amor pelo esporte com os pais, os amigos próximos e o irmão e que eles são tão parte de suas conquistas.
Campeão do ATP 500 de Queen's na prévia de Wimbledon, Berrettini contou que teve uma conversa com o alemão Boris Becker, tricampeão de Wimbledon (1985, 1986 e 1989): "Em Queen's eu encontrei Becker e ele me disse para fazer um grande torneio em Wimbledon, que eu tinha que fazer isso e aquilo. Eu pensei: 'Tá, ok, talvez esse cara estava vindo para Wimbledon e estava pensando imediatamente sobre chegar ao final' (risos). Eu dou cada passo com muito cuidado, devagar. Acho que é assim que as coisas devem ser feitas, mas é claro que meu trabalho aqui ainda não acabou. Agora que estou aqui, quero para conseguir aquele troféu. É uma sensação incrível".
Berrettini ainda foi questionado sobre o contato e a relação que mantém com o italiano Adriano Panatta, campeão de Roland Garros em 1976, último italiano a vencer um torneio do Grand Slam.
Matteo falou sobre o contato com Panatta em clubes de Itália, de conselhos que recebeu e da importância dele na formação dos atletas do país nas últimas décadas. "Estou em contato com ele com bastante regularidade. Ele é um ótimo conselheiro. Ele me mandou uma mensagem dizendo que era hora de dar o próximo passo, que já que eu estava aqui, tinha que ir em frente (conquistar o título). E é isso que eu quero fazer".