Ex-top 10 mundial, Janko Tipsarevic tem grandes dúvidas sobre a possibilidade da realização do US Open que está previsto para começar no fim de agosto, em Nova York. A cidade é o epicentro do coronavírus e tem cerca da metade dos 330 mil casos da Covid-19 nos Estados Unidos.
A sede do torneio, o Billie Jean King Tennis Center, virou hospital de campanha para desafogar o sistema de saúde americano que está em colapso. Serão 350 leitos inaugurados esta semana nas quadras de treino cobertas e mais a quadra Louis Armstrong como centro de distribuição de comida.
"Eu ainda não descartaria a possibilidade de ver uma bola de tênis ser joada pelo resto de 2020, mas considero o US Open um grande ponto de interrogação", disse Tipsarevic ao Sport Klub, da Sérvia.
"Acho que os Estados Unidos será o país mais atingido pela pandemia do coronavírus e será extremamente duro controlar a situação até o fim de agosto quando está programado o US Open", seguiu.
Na última semana, Wimbledon foi cancelado enquanto que semanas atrás Roland Garros adiou para o fim de setembro, justo após o US Open.
Por enquanto o torneio de Nova York mantém a data e vai abrir nos próximos dias o credenciamento da imprensa, mas Tipsarevic lembra o caso da canadense Eugenie Bouchard que escorregou, caiu em um dos locais do complexo e teve uma concussão cerebral . Ela processou o torneio e ganhou alguns milhões em indenização.
"Você provavelmente vai lembrar quando Bouchard caiu no vestiário, processou e foi compensada com milhões de dólares. Você pode imaginar a situação que os organizadores decidem proceder diante do coronavírus . Imagina o escandalo".
O US Open só não foi realizado nas duas grandes guerras mundiais.