Por Gustavo Loio - Faz tempo que o Rio Open não sofre da ‘Nadal-dependência’. O espanhol, campeão da primeira edição, em 2014, e semifinalista nos dois anos seguintes, era certeza de casa cheia.
É óbvio que um nome com o peso do Rei do Saibro ajudaria demais. Entretanto, a competição, de uma maneira geral, tem evoluído a cada ano.
Certamente o público que foi ao Jockey Club semana passada pôde saborear jogos de alto nível e equilibrados, como outras atrações fora das quadras. O torneio atraiu 50 mil pessoas.
O Boulevard, a área onde ficam os estandes de apoiadores/patrocinadores, vem evoluindo ano após ano. Lá era possível comprar desde artigos oficiais do Rio Open, como saborear lanches (tipo cachorro quente, hambúrguer) e colocar o papo em dia em poltronas confortáveis ou em cadeiras. Num dos estandes, por exemplo, era possível testar a pontaria usando uma raquete. Em outro, uma foto, em tamanho real, de Nadal ofereceu aos fãs a chance de posar para fotos ao ‘lado’ dele.
Na noite de sábado, enquanto a chuva insistia em cair no Jockey, o Boulevard foi palco de um show de rock que levantou os fãs de tênis. E o melhor, com o local coberto o público permaneceu no local até a chuva passar para acompanhar os jogos, algo que não ocorria nos anos anteriores.
Essa preocupação do torneio em oferecer cada vez mais atrações fora das quadras, certamente, cativa o público.
Assistir aos treinos de alguns dos melhores do mundo foi uma das muitas atrações. Houve também clínicas, torneios pro-am, torneio entre projetos sociais e, no último dia, uma exibição de dois dos melhores cadeirantes do país: Ymanitu Silva e Daniel Rodrigues. Uma pena que esse bate-bola não foi na quadra central, mas na 1. Daria ainda mais oportunidade para o público apreciar o tênis paralímpico.
A partida teve como objetivo dar visibilidade aos atletas cadeirantes para os Jogos Paralímpicos Tóquio, O jogo também fez parte da estratégia de posicionamento traçada pela Fila, que traz Ymanitu Silva como inspiração, o Change The Game.
- Fiquei muito feliz em ser convidado para participar desse projeto da Fila, contar minha história como pessoa e como atleta. Hoje a gente pode trazer um pouco da nossa rotina e mostrar que esporte é para todos - celebrou Ymanitu.
Mais um ponto pra Fila, que, durante o Rio Open, renovou contrato com o duplista Marcelo Demoliner.
- O Rio Open é um evento que tem total sinergia com a Fila, esse é o nosso universo. Estar aqui é importante para reforçar o nosso atual momento, vamos seguir apoiando quem faz o esporte acontecer e mudando o jogo - contou Christian Nagao, Brand Manager da Fila Brasil.
Sobre Gustavo Loio:
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.