Em entrevista ao jornal suíço Luzerner Zeitung, o alemão Tommy Haas
O alemão começou a entrevista sendo questionado sobre o fato de ser um dos tenistas, ao lado do australiano LLeyton Hewitt, a vencer Federer ao menos duas vezes na grama e recordou que o primeiro encontro entre eles no piso, válido pela chave em Gstaad 1998 não aconteceu graças a uma infecção estomacal que forçou Haas a desistir. "Ver que fui capaz de celebrar minha última vitória contra ele quase vinte anos depois é inacreditável", pontuou.
Questionado sobre a amizade com o suíço, Haas contou que a proximidade se deu em razão de ambos terem o mesmo agente, Tony Godsick. "Então nossas mulheres (Sara Foster e Mirka Federer) se deram muito bem e agora somos ambos pais. As crianças se dão bem, fazemos algo de vez em quando. Havia mais e mais razões para se encontrar, a amizade se tornou mais próxima", contou.
Haas pontuou que o que mais admira no suíço é que para "Federer não existe tempo ruim" . O alemão ainda destacou que mesmo sendo "uma estrela mundial", o suíço tenta viver uma vida normal e que admira nele esta faceta de não se impressionar ou estressar com completo com a situação de ser uma estrela.
Ao ser perguntado se imaginava que veria Federer ainda jogando profissionalmente aos 38 anos, Haas ponderou: "Se você me perguntasse isso há dez anos, provavelmente não. Mas se você está seguindo ele nos últimos anos, isso não me surpreende. Roger está fazendo tudo certo. O corpo segura, ele está mentalmente em boa forma. Ele ama esta vida, as viagens e os momentos. Isso é muito admirável. Roger é um fenômeno".
Sobre as semifinais de Wimbledon, Haas opinou: " Parece que vamos ver uma boa semifinal entre Roger e Rafa novamente. É isso que o mundo do tênis quer, é o que o mundo dos esportes quer ver. E também acho que Djokovic vai esperar por um deles na final. Não há nada de errado com isso".
Para o alemão, esta edição de Wimbledon é "especial" para o suíço e não titubeou ao ser questionado sobre quem terá mais Grand Slams ao fim da carreira, Novak Djokovic, Nadal ou Fedrer.
"Djokovic tem apenas 32 anos e está fisicamente muito, muito em forma. Nadal sofreu lesões aqui e ali, mas sempre tem uma chance em Roland Garros. E quem sabe o que acontece no US Open, se ele ganhar aqui. Estes três são todos muito ambiciosos e intensos que querem poder dizer no final da carreira: 'Ganhei a maioria dos títulos de Grand Slam'. Especialmente para Roger, é muito importante, ele tem 38 anos e não tem tantas chances. É fenomenal em que nível ele ainda joga. Os outros, no entanto, são consideravelmente mais jovens e têm três ou quatro bons anos com bastante tempo para ganhar outro título de Grand Slam. Há muito em jogo", finalizou.