Em suas últimas semanas como tenista profissional, o espanhol David Ferreer, ex-top 3 e atual 152º, falou ao jornal La Vanguardía, de Barcelona, falando do ponto de mudança que o levou ao top do tênis em uma geração multicampeã.
Recordando o início da carreira, o espanhol revelou o ponto de inflexão de sua mudança: "Algumas rotinas me eram custosas. É verdade que uma vez um treinado, quando eu era moleque, me trancou no vestiário por umas duas ou três horas e me disse; 'Quando você quiser treinar, pode sair.". Mas aí, aos 22 ou 23 anos mudei. Busquei consistência. Entendi que tinha que evoluir se queria chegar a algum lugar".
Ferrer contou que aos 37 anos, a recuperação física já não acontece e que a lesão no tendão de Aquiles lhe causa outros problemas físicos e por isso, é difícil conquistar mais de uma vitória consecutiva. O espanhol revelou ainda que após vencer o alemão Alexander Zverev na disputa do Masters de Miami, pensou consigo mesmo que poderia "ir embora feliz".
Questionado sobre a nova geração, que tem conseguido importantes resultados, mas ainda não conseguem bater de frente com Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, Ferrer pontuou: "É preciso esperar. Já se vê algumas mudanças. Vemos alguns novos top 10. É certo que os que estão no topo seguem lá. Mas no fim, a nova geração abrirá vantagem. O esporte profissional não é eterno para ninguém. Quem dera que os três grandes durassem pra sempre. Porque, como torcedor, eu adoraria vê-los jogando", opinou.