Três cirurgias no cotovelo e muitas dúvidas na cabeça. Esse era o panorama que o espanhol Pablo Andújar vivia há um ano. Porém, 2018 chegou e, junto dele, uma evolução impressionante, que o fez escalar novamente o ranking mundial e bater recorde.
Exatos 365 dias atrás, Andújar era apenas o 1.701° do mundo e vinha se recuperando das lesões que o afetaram durante a temporada passada. Tendo começado o ano disputando Challengers (através de convites), ele chegou a, inclusive, vencer um ATP e finalizou 2018 no top 100, em 82°, subindo impressionantes 1.619 posições em uma só temporada.
Campeão do ATP 250 de Marrakech, no Marrocos, em abril, batendo o primeiro top 50 em três anos (o britânico Kyle Edmund), Pablo se tornou o homem que mais subiu no ranking em um único ano desde o alemão Tommy Haas e o sueco Thomas Johansson, em 2004. Na ocasião, Johansson escalou 1.689 lugares, e Haas 1.702.
Com quatro títulos no total nesta caminhada, o ex-número 32 conquistou, no último dia 18, o troféu no Challenger de Buenos Aires, na Argentina, conquista essa que o garantiu no top 100 novamente.
"É algo que nunca pensei ser possível", iniciou Andújar à ATP. "Estou muito feliz. A verdade é que, quando comecei a temporada, não sabia como meu cotovelo responderia, e se eu realmente poderia voltar à melhor forma na quadra. Esta temporada também teve suas adversidades, incluindo um novo problema com o cotovelo. São pequenas coisas que afetam meu retorno ao nível máximo", recordou ele.
Lembrando que, em 2014, o espanhol de 32 anos de idade foi protagonista da terceira melhor partida do ano. Em duelo de semifinal do ATP 500 do Rio de Janeiro, o Rio Open, ele e o compatriota Rafael Nadal fizeram uma partida épica de 2h47. Andujar teve dois match-points, mas viu Nadal vencer o jogo por 2/6 6/3 7/6(10).