O argentino Daniel Orsanic liderou a seleção de seu país até o título na Copa Davis em 2016. Neste mês, o capitão foi retirado da equipe e substituído por um trio de ex-tenistas de peso: Guillermo Cañas, Gastón Gaudio e Guillermo Coria.
Após o ocorrido, o ex-capitão expôs seus sentimentos em uma extensa carta. “Passou pela minha cabeça que eu só tinha mais uma eliminatória e que era chegado o momento de pôr um fim a este projeto com o qual me comprometi durante quatro anos. Há três meses me ofereceram este cargo de maneira indefinida e agora recebi um despacho de Mariano Zabaleta e José Acasuso pela AAT. Nunca pensei que essa reunião fosse significar o fim deste ciclo”.
“Nos propusemos de que a Copa Davis fosse um meio de transmitir uma mensagem aos jovens, independentemente dos resultados. Devíamos ir além e fazer o trabalho em equipe, tendo o compromisso, respeito e diálogo como nossas marcas. O segredo foi sermos autênticos e sinceros, olharmos nos olhos e dizermos o que pensávamos. Eu não mudaria nada do que vivi, nem mesmo a derrota na eliminatória contra o Cazaquistão, onde nosso trabalho foi posto à prova. O orgulho que senti pelos rapazes foi tão grande quanto uma vitória, acredito que o resultado deveria ter sido diferente”.
“Com acertos e erros, fomos nossa melhor versão. Focamos no processo, colocando-o sempre na frente de qualquer coisa. Meu compromisso com o desenvolvimento do tênis em nosso país é incondicional, por isso, nada disso é um ‘adeus’, mas sim um ‘até logo’”, concluiu Orsanic, garantindo que ainda seguirá trabalhando em prol do tênis argentino.