O escocês Andy Murray foi submetido nesta segunda-feira ao uma cirurgia no quadril direito e logo após o procedimento 'realizado com sucesso', falou ao jornal britânico Daily Mail, sobre a decisão de se operar, relembrou as dores e revelou seu sonho.
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"Meus planos são de voltar a jogar durante a temporada de grama - potencialmente pode ser antes, mas certamente não apressarei nada. Questionei sobre o quanto em média jogadores demoram a se recuperar desta cirurgia e me deram um prazo de 14 semanas. O que é mais ou menos durante a temporada de grama, talvez um pouco antes", relatou o bicampeão olímpico.
O filho mais novo de Judy Murray não quer estipular uma data ou torneio certeira para seu retorno e declarou: "Quero voltar quando estiver em forma e apto para jogar, não quero uma situação como Brisbane ou Nova York (US Open), quando não estava totalmente certo de ir como estava para ir ao torneio", desabafou ele que recebeu inúmeras críticas por desistir do último Grand Slam de 2016, um dia após o sorteio da chave principal.
Murray contou à reportagem que logo após desistir da disputa no ATP de Brisbane, também na Austrália, antes do inicio da competição, ele viajou para Melbourne para visitar um dos maiores especialistas de lesão no quadril do mundo, o médico australiano John O’Donnell, a quem já consultava desde Wimbledon 2016 quando o problema se agravou, e decidiu que ao invés de volta á Inglaterra e seguir com os procedimento de medicação e fisioterapia mais preparação física, utilizados nos últimos seis meses e sem grande eficácia, se submeteria a cirurgia nesta segunda-feira, mesmo sem a certeza de conseguir total recuperação como escreveu em desabafo publicado em uma rede social há uma semana.
O bicampeão de Wimbledon contou que seu quadril em particular não "parece muito bom" ao ser observado em uma imagem de ressonância magnética, mas destacou que quadris de tenistas normalmente não "parecem bons". À reportagem do jornal britânico, relatou que seu médico disse que seu quadril ficará melhor do que estava há um ano, o que vê como positivo, já que há um ano "era o número 1 do mundo".
Murray contou ainda que percebeu o tamanho do problema ao treinar contra 'tops 50' em Brisbane: "Eu estava lutando para me movimentar, e eu fiz as quartas-de-final em Wimbledon quando eu literalmente não conseguia andar e estava com muita dor. Então, se eu conseguir chegar a 95% da minha forma, acredito que é suficiente para competir ao mais alto nível. Sem dúvida", opinou.
'Esta manhã eu estava nervoso, mas esta foi a melhor escolha. tenho sentido dor ao caminhar desde Wimbledon. Eu melhorei, mas é extremamente cansativo mentalmente você sentir seu quadril ao caminhar, do primeiro minuto quando me levanto e começo a andar até o último minuto antes de dormir", confessou.
O escocês confessou que em muitos momentos seguiu o processo de recuperação pensando em sua flha mais velha, Sophia: "Conversei com minha esposa sobre isso. Uma das coisas que eu gostaria de fazer era jogar até que minha filha mais velha estivesse apta a me assistir e ter um entendimento do que eu fiz da minha vida".