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ATP Finals Next Gen - Conheça o torneio que traça o futuro do tênis

Segunda, 06 de novembro 2017 às 14:28:59 AMT

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Tênis Profissional

No meio da temporada 2017 a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou a idealização do ATP Finals Next Gen - torneio que reúne os oito melhores tenistas do ano com até 21 anos de idade em Milão, na Itália.



O torneio que tem como principal objetivo apresentar novos talentos do esporte, também apresentará novidades de regras da competição e testar ideias que tentam ser viabilizadas como inovação do esporte.

ATP Finals Next Gen:

Com premiação geral de US$ 1,35 milhão, o Finals de Milão pagará US$ 30 mil por vitória para cada um dos atletas e será realizado entre 7 e 11 de novembro deste, mas não distribui pontos para somar ao ranking profissional.

Realizado em parceria com a Federação Italiana de Tênis (FIT) e com o Comitê Olímpico Italiano, o ATP Finals Next Gen acontecerá anualmente na maior e mais rica cidade da Itália até 2021, quando o contrato poderá ser renovado. 

Com sete classificados diretos através da somatória de pontos desde a primeira semana da temporada e um tenista classificado após disputa de torneio qualificatório, o ATP Finals Next Gen conta com oito jogadores divididos em dois grupos, que classificam dois atletas cada para o cruzamento das semifinais, nos mesmos moldes do ATP Finals tradicional.

Novas regras:

A ideia de inovação do torneio não é apenas na criação de um novo 'produto' e a ATP optou por testar regras novas para realização dos jogos. Maior parte delas já vem sendo discutidas há tempos inclusive pelo conselho da Federação Internacional de Tênis (ITF) com intuito de acelerar o tempo dos jogos e torná-los mais atrativos, principalmente para as transmissões televisivas.

Confira as novidades que serão vistas em quadras em Milão:

  1. Os jogos serão realizados em melhor de cinco sets. Entretanto, estes sets serão curtos, com até quatro games e decisão em tiebreak para chegar a três pontos.
  2.  Os games não terão vantagens. E, pela primeira vez, quem escolhe o lado no ponto de ouro será quem saca e não quem recebe como já acontece nos jogos de duplas.
  3. O período de aquecimento são cinco minutos a partir da entrada dos atletas em quadra. O objetivo é diminuir  tempo gastos nas rotinas pré-jogo.
  4. O desafio será ao vivo e constante, basta que seja solicitado. Não haverá juízes de linha em quadra.
  5. Os jogadores podem receber instruções dos treinadores entre sets.
  6. Mesmo após ser reprovada pelos atletas do circuito de Challenger, a ATP volta a insistir na extinção do 'let'. Sendo assim, caso a bola toque a fita da rede e caia dentro da área de saque, segue-se com o ponto como no vôlei.
  7. Restrição para o tempo de atendimento médico. No torneio está permitido apenas uma parada médica para cada jogador.
  8. Haverá um cronômetro em quadra para fazer-se respeitar a regra dos 25 segundos entre pontos.
  9. As quadras não terão linhas para disputa que determinam os jogos de duplas
  10. O público pode movimentar-se livremente nas laterais das quadra. Apenas nas pontas, ou seja atrás de cada jogador, permanece a regra de movimentação limitada a troca de lados e pausas do jogo.

Quem disputa:

Os classificados diretos foram: os russos Andrey Rublev, Karen Khachanov e Daniil Medvedev, o canadense Denis Shapovalov, o croata Borna Coric e o coreano Hyeon Chung. Garantidos pelo qualificatório estão o italiano Gianluigi Quinzi e o grego Stefanos Tsitsipas.

  • Gianluigi Quinzi: Aos 21 anos, o canhoto italiano foi moldado na tradicional academia de tênis de Nick Bollettieri, onde esteve após ganhar uma bolsa. Foi número 1 do mundo juvenil e conquistou o título de Wimbledon 2013 ao bater Chung na grande final.
    No circuito profissional, o italiano ainda não conseguiu engrenar. Atualmente ocupa o posto de 306 da ATP e teve como principal resultado no ano, furar o qualificatório e chegar às oitavas de final do ATP 250 de Casablanca, no Marrocos em abril. 
    Dono de nove títulos de torneios em nível ITF, Quinzi não conquistou nenhum título no ano, e teve vaga no quali da Next Gen garantido por um convite.
  • Andrey Rublev: O russo, de 20 anos, ocupa o posto de 37º do ranking da ATP e foi o segundo melhor jovem no circuito este ano, atrás apenas do alemão Alexander Zverev, que não disputará o torneio italiano para se preparar para o ATP Finals de Londres.
    No decorrer do ano, o russo que também foi número 1 do mundo juvenil, conquistou o título do ATP 250 de Umag, na Croácia, tendo saindo do qualificatório e chegou às quartas de final do US Open e disputou terceira rodada no Australian Open.
  • Karen Khachanov: Aos 21 anos, Khachanov ocupa o posto de 45º do ranking da ATP. Terceiro melhor jovem do ano, o russo chamou atenção do circuito perto do fim da temporada 2016, quando conquistou seu único título ATP, em Chengdu, na China.
    Em 2017, Khachanov tem como principais resultados semifinal no ATP 500 de Halle, na Alemanha, e oitavas de final de Roland Garros.
  • Denis Shapovalov: Mais jovem da chave, o canadense tem 18 anos, foi número dois do ranking juvenil e em 2017 viveu um ano intenso. 
    Shapovalov abriu a temporada disputando torneios nível ITF, já no fim de janeiro e inicio de fevereiro protagonizou um dos episódios mais tristes do ano ao atingir um juiz de cadeira com uma bolada ao tentar extravasar sua frustração em partida válida pela primeira rodada da Copa Davis contra a Grã-Bretanha defendida por Kyle Edmund. Shapovalov foi desclassificado da competição e multado pela ITF.
    Tentando seguir a carreira, foi campeão do ITF de Gatineau, no Canadá, no mês seguinte. Em março, Shapovalov venceu o Challenger de Drummondville, também no Canadá, e do Challenger de Guadalajara, no México. De volta á Gatineau em julho, o tenista venceu agora o Challenger local e ganhou destaque ao fazer semifinal no Challenger de Toronto, aproveitando um convite da organização. 
    Shapovalov apresentou um dos maiores saltos no ranking do ano, surgindo como 250º e sendo atual 51º.
  • Borna Coric: Chamando atenção no circuito profissional desde 2013 quando venceu Rafael Nadal na chave do ATP da Basileia, o croata de 20 anos teve um ano de altos e baixos, mas de bons resultados no saibro no meio da temproada. Coric foi campeão do ATP 250 de Marrakesh, no Marrocos, e alcançou quartas de final do Masters 1000 de Madri. 
  • Jared Donaldson: Um dos principais nomes da nova geração norte-americana, o tenista de 21 anos foi o sexto melhor jovem do ano e ocupa o 55º da ATP. Como principais resultados no ano estão quartas de final do Masters 1000 de Cincinnati e oitavas no Masters de Miami, após furar o qualificatório.
  • Hyeon Chung: Principal nome do tênis asiático desde o surgimento do japonês Kei Nishikori, o coreano de 21 anos traz o histórico de ter disputado final de Grand Slam no juvenil e ter sido sétimo do mundo na ocasião.  Atualmente o jovem é 54º da ATP, e no ano venceu o Challenger de Maui, nos Estados Unidos, e apresentou como melhores resultados alcançar quartas de final no ATP 500 de Barcelona, após furar o qualificatório, e  semifinal no ATP de Munique, na Alemanha.
  • Daniil Medvedev: Terceiro russo na disputa, Medvedev tem 21 anos e foi o oitavo melhor jovem do ano. Ele ocupa o posto de 64º e abriu a temporada com o vice-campeonato do ATP de Chennai, na Índia. No decorrer de 2017 fez  cinco quartas de final em torneios ATP e semifinal no ATP de Eastbourne.
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