O ex-top 10 e atual agente da carreira de Rafael Nadal, Carlos Costa, concedeu uma entrevista ao jornal espanhol AS e falou de como soube de Rafa, como começou a trabalhar com a, então, maior promessa do tênis espanhol e da maior rivalidade do tênis.
"Fui jogar um campeonato da Espanha em Mallorca e Toni Nadal, a quem não conhecia, me disse que tinha um sobrinho de seis anos e que seria número 1 do mundo. Imagina qual foi minha reação", começa assim a entrevista Carlos Costa.
Costa chegou ao top 10 em 1992 e se aposentou do tênis profissional em 1999, quando de cara começou a trabalhar na gigante do marketing esportivo IMG e recordou quando começou a cuidar da carreira de Nadal pela IMG em 2002: "Neste momento eu cuidava de David Nalbandián (argentino - à época top), Feliciano López. Mas Rafa acabou tomando 90% do meu tempo e em 2012 decidimos fundar uma empresa de representação própria", revelou.
Ao ser questionado sobre o que mais impressiona em seu garoto propaganda, Costa pontuou: “A paixão e a vontade de trabalhar a cada dia. Com 31 anos poderia dizer, com todas as suas lesões, 'abandono', mas a cada temporada é uma meta nova e trabalha como se tivesse 18 anos em um mundo tão competitivo, que exije tanto. Eu não tinha essa paixão e vontade que transmite. Me surpreendo ainda com sua intensidade e os objetivos claro que quer alçar a cada treinamento".
Ao falar de Nadal como 'produto' de marketing, Costa revela que o agenciado já alcançou um status de não precisar de resultados esportivos para ser requisitados pelas grandes marcas e patrocinadores. "Rafa era antes um produto em que as marcas esperavam que ele vencesse para ter sua visibilidade. Depois ele se converteu em marca e as vitórias ficam de lado. Nenhum patrocinador é dependente de suas vitórias. Ele já é um embaixador", explicou.
Costa destaca que a criação familiar, a influência de Toni Nadal (tio e treinador do tenista) e sua boa genética e cabeça o tornam um produto muito rentável às marcas.
Sobre a rivalidade de Rafa com o suíço Roger Federer, Costa considerou: "Essa é a rivalidade mais importante do tênis e transpassou o esporte. Graças aos dois, eles e o tênis são maiores [hoje]. Houve uma época em que a quase todo domingo havia um Federer-Nadal. Disto se notou o crescimento no tênis na Espanha e o interesse dos patrocinadores", destacou.