Por Ariane Ferreira - Uma das principais esperanças de renovação do tênis espanhol, Pablo Carreño Busta, 23º do ranking da ATP, está vivendo a melhor fase de sua carreira e tudo, segundo ele, tem a ver com a decisão de 'mudar'.
Muito pressionado e cobrado desde que entrou no top 100, há quatro anos, Carreño Busta sofria com as cobranças internas em seu país por resultados tão grandes quanto da vitoriosa geração anterior, ainda em atividade e comandada por nomes como Rafael Nadal, Tommy Robredo, David Ferrer, Fernando Verdasco, Nicolas Almagro e tantos outros.
Foi aí que decidiu arriscar e substituir toda a equipe que o acompanhava desde o ingresso no profissional e entrar para a Equelite, academia do ex-número um do mundo Juan Carlos Ferrero, localizada em Villena, próxima a Valência, no inicio do ano passado.
Ali, Carreño adotou para si a ex-equipe de Almagro e passou a evoluir, chegando à final do último Brasil Open e a partir daí subindo no ranking e em resultados: "Desde que fui trabalhar na academia de Juan Carlos Ferrero com Samuel [Lopez] e César, acredito que melhorei muito, principalmente a nível mental. Fisicamente segui trabalhando e amadurecendo. Através disso também, ganhei muita experiência por ter jogado muitos jogos. Mas é certo que mentalmente dei um salto qualitativo e por sequência em quadra. Isso você pode observar através dos resultados", comentou o jogador em conversa ao Tênis News.
Vindo de excelente campanha no Rio Open, questionamos Carreño se a confiança é de vencedor e ele concordou: "Sim. Tenho vencido muito jogos. Semana passada ganhei nas duplas e fiz final de simples. Para mim foi uma semana muito boa e aqui tenho a oportunidade de mostrar que estou jogando bem".
O número três da Espanha, faz questão de ressaltar que muitas vezes por estar conseguindo impor seu bom jogo as coisas podem "parecer fáceis de se fazer aos olhos dos outros, mas não são".
O mais jovem espanhol a figurar no top 100, Carreño Busta afirmar estar se acostumando a representar seu país cada vez mais: "Hoje em dia há muito jogadores espanhóis no circuito, a maioria deles acima dos 30 anos, com 33 ou 34 anos. Aqui [São Paulo] temos ainda Albert Ramos, que tem 28 anos, é dos mais jovens e pode fazer um grande papel aqui. Mas sim, tenho me acostumado a representar meu país e seria muito bom ter uma final com ele [Ramos] e seguir com vitórias espanholas".