Por Marden Diller - O norueguês Casper Ruud foi o responsável pela eliminação de dois dos brasileiros no Rio Open, o último sendo Thiago Monteiro nesta sexta-feira. Satisfeito com a performance, o jovem tenista reconheceu o status de azarão.
“Eu tive um grande início, o que ajudou muito, com duas quebras após 20 minutos. Joguei mais solto, tudo correu bem após o primeiro set e precisei jogar só mais um para vencer a partida. Joguei sólido e felizmente fui para o tie-break e pude jogar meu melhor”.
Na saída da quadra, Ruud chegou a comparar a festa da torcida brasileira na Quadra Guga Kuerten como um show de rock, tamanho o barulho que os presentes fizeram em apoio à Thiago Monteiro.
“Chegou a certo ponto que a torcida estava bem alto e isso me lembrou do momento em que seu artista favorito está no palco e tem todos aqueles gritos e tudo mais. Eu não sabia que os brasileiros gostavam tanto dele mas para mim foi uma experiência incrível de qualquer forma”.
A ascensão do jovem foi realmente meteórica, há menos de um ano ele estava fora do top 1000 e, com o resultado das semifinais, figurará já entre os melhores 140 tenistas do mundo. Ruud assume que procura sempre busca novos desafios.
“Eu falei ao meu técnico há alguns dias, que a melhor coisa que fiz foi mudar minha raquete. Venho trabalhando duro neste último ano, crescendo, sempre buscando novos desafios, joguei meu primeiro Challenger em setembro. Há um ano eu estava fora dos mil e agora estarei dentro dos 200 melhores do mundo”.
“Honestamente eu não pensei que estaria aqui quando perdi em Wimbledon juvenil ano passado, mas é assim que funciona, você tem grandes semanas que te fazem subir muito. Mas agora eu estou muito feliz que isso tudo está acontecendo, estou vencendo tenistas do top 100. Agora vou focar em amanhã e prosseguir evoluindo sempre”.
Muito se fala sobre o pai do jovem, Christian Ruud, que chegou a figurar entre os 40 melhores tenistas do mundo. Casper, por sua vez, reconhece que seu pai foi um de seus maiores incentivadores e parte importante de seu corpo técnico.
“Meu pai me teve ainda muito jovem e ele me levava para assistir muitos esportes quando eu era mais jovem. Mas quando eu fiz 11/12 anos eu comecei a me sentir melhor no tênis e abandonei todos os outros esportes focando apenas em um. Agora ele é uma grande parte do meu time, ele junto com meu treinador e eu temos uma grande ligação”.
Na semifinal, sua primeira em nível ATP, Casper Ruud terá pela frente o espanhol Pablo Carreno Busta. O jovem reconhece o desafio, mas garante que não sente pressão alguma.
“Obviamente enfrentarei um grande jogador, top 30 e isso fala por si só. Reconheço que sou o azarão neste torneio e não estou sentindo pressão nenhuma, vou apenas procurar me divertir e fazer o melhor que puder”.