O canadense Milos Raonic, atual número 4 do mundo tem reescrito a história do tênis em seu país. Recentemente, em uma carta publicada no The Player’s Tribune, Raonic abriu seu coração em mensagens que ele enviaria para si mesmo em um futuro próximo.
Na carta, Raonic falou sobre seus primeiros anos de carreira, seu sonho de um dia figurar entre os 50 melhores do mundo. Como muitos de seus rivais, o canadense precisou de certos sacrifícios para chegar ao patamar em que se encontra, na carta ele escreveu sobre as duas pré-temporadas que passou sozinho em Barcelona.
“Lembra daquelas duas pré-temporadas em Barcelona, em 2011 e 2012, quando você viveu sozinho em um dormitório de 250 pés quadratos próximo à universidade? Você não queria absolutamente nada. Você não tinha outros jogadores ou treinador ao seu redor, nem aquela constante conversa sobre rankings. Era apenas você refletindo sobre seu jogo e não tinha ninguém ali para olhar por você”, escreveu o canadense.
Desde os anos em Barcelona, o tenista de 25 anos invadiu o circuito professional da ATP. Em 2016 ele tornou-se o primeiro tenista homem de seu país a chegar na final de Wimbledon. Enquanto isso, venceu 8 títulos de nível ATP, sendo o mais recente dele no torneio de Brisbane em 2016.
“Às vezes me pergunto se, focando em meus objetivos, estou deixando a vida passar por mim? Ou será que ao atingir meus objetivos, através de muita persistência, meus sacrifícios terão valido à pena?”
“Meu maior medo neste ponto da minha vida é a possibilidade de que algum dia eu olhe para trás e sinta que não fiz o meu melhor como jogador. De que eu não fui número 1 do mundo nem venci diversos Slams”.
O que o futuro reserva para Raonic e seus rivais no circuito é um mistério. Em um mundo ideal, ele chegaria à liderança do ranking e venceria muitos Grand Slams, mas infelizmente o mundo do tênis está longe de ser previsível, então ele espera apenas ter resultados que o deixem orgulhoso em sua carreira.
“No momento você é o número 4 do mundo. Me pergunto como, em sua idade, isso te faz sentir. Me perguntou o que acontecerá no futuro, se escalarei os três postos até o ponto mais alto do ranking. Tem muita coisa que não posso controlar, acho que é por isso que sou tão meticuloso com as coisas que posso controlar – meu trabalho, minha ética, minha persistência, minha energia. Não sei o que acontecerá em seguida, apenas espero que, quando você ler isso possa dizer a si mesmo, ‘segui todos os caminhos que julguei corretos no momento’”.