A campeã olímpica no tênis feminino, a porto-riquenha Monica Puig, concedeu uma entrevista ao jornal colombiano El Tiempo e falou de seus sacrifícios tendo crescido em um país pobre e dificuldades sociais para conquistar tal feito e de ser inspiração.
"Trabalhei muito forte para chegar a este nível e fazer, por exemplo, o que fiz nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Passei muitas horas de minha vida em uma quebras. Além disso, faço muitos sacrifícios fora de quadra. Passo muito tempo em casa, sacrificando passeio com amigos e coisas assim. Hoje em dia não observo tanto o que deixei de fazer, mas sim como parte do meu trabalho e isso é o que tenho que fazer para ser tenista", declarou a jovem de 23 anos que conquistou a primeira medalha olímpica de ouro para seu país.
"Neste momento em que as coisas não estão tão bem em Porto Rico na economia e outras problemáticas, são precisos destes momentos positivos para tentar deixar isso de lado e ver que as coisas podem melhorar, sem importar o quanto ferrados estivermos. Deste modo sei que passando por dificuldades, sempre há força pra sair adiante, assim acredito que se viveu meu triunfo no Rio de Janeiro. Creio que para eles (porto-riquenhos) ensinei que 'querer é poder'", disse ela.
Vale lembrar que apesar dos altos índices de criminalidade, no final de semana que em Puig venceu Kerber na final olímpica, não registrou nenhum assassinato em todo o país, que tem em média 12 homicídios por final de semana.