O sérvio Novak Djokovic, número 1 da ATP, suou muito para superar o brasileiro Thomaz Bellucci, 37º, em jogo válido pelas oitavas de final do Masters 1000 de Roma, Itália, jogado sobre o saibro do Foro Itálico e que distribui €3,7 milhões.
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O confronto teve o placar de 0/6, 6/3 6/2, em 1h37min de muita correria e tênis de altíssimo nível. Foi a sexta vitória de Djokovic sobre Bellucci, terceira em que eles vão ao set decisivo. Em 2015, inclusive, na mesma capital italiana, o paulista venceu o primeiro set, mas caiu. Todos os encontros foram em torneios Masters 1000. A parcial inicial representou o primeiro ‘pneu’ sofrido pelo líder da lista masculina desde a final do Masters de Cincinatti, em 2012, há quase quatro anos. Entretanto, ele aumentou consideravelmente seu nível a partir do segundo set e superou o melhor brasileiro ranqueado.
Nas quartas de final, Novak terá pela frente o arquirrival Rafael Nadal. Rivais em 48 oportunidades, a estatística aponta vitória apertada, por 25x23, para o tenista do país balcânico. A última se deu em Indian Wells, neste ano, por 7/6(5) e 6/2.
A PARTIDA
O jogo começou com a mesma tona de 2015, quando os dois se enfrentaram na mesma fase, na capital italiana: Thomaz disparando bolas extremamente profundas e pesadas, que incomodam muito a Djokovic. Dessa forma, o paulista quebrou o saque de Djokovic no primeiro game e também no terceiro, perdendo apenas 1 de 13 pontos disputados.
E o massacre seguiu. A frustração de Novak ficou evidente e Thomaz não podia aproveitá-la melhor: o brasileiro sacou muito bem, distribuiu winners, forçou erros do estrelado oponente e até chegou à rede. Assim, ele virou o único game difícil do primeiro set, o 0/4, e sacou, no sexto game, para fazer 6/0. Foi o primeiro pneu sofrido pelo melhor do mundo desde a final do Masters de Cincinatti, em 2012, há quase quatro anos.
Na segunda parcial, o tenista de Tietê manteve o mesmo ritmo, perdendo o primeiro game depois de duas igualdades, mas confirmou seus primeiros saques tranquilamente O sérvio, é claro, elevara seu nível, e continuaria a subir cada vez mais.
Foi no 2/3 que o 37º colocado começou a perder. Bellucci deu três pontos de graça e cometeu uma dupla falta, naquele que foi seu pior game da partida. Com isso, Nole pôde jogar mais tranquilo, e confirmou seus dois saques restantes prevalecendo sobre um top 40 que diminuíra seu ritmo, mas ainda jogava num nível de top 15, levando o jogo ao terceiro set.
A etapa decisiva começou com a derradeira quebra. Thomaz liderou o game na maior parte do tempo, fazendo 30/15 e 40/30, mas Djokovic conseguiu duas ótimas devoluções e contou com uma falha estratégica do número 1 brasileiro, que, na vantagem contra, jogou um ponto primoroso, mas deixou de subir à rede para matar o ponto e, depois de 30 bolas trocadas no mais alto nível tenístico, errou um forehand por pouco.
O que se viu após a quebra foi os dois tenistas sacando muito bem e confirmando seus games, apesar de ser verdade que o break deu a Novak um desprendimento do atleta de Belgrado em relação à obrigação de tomar mais uma vez o saque do rival.
O game-chave da parcial foi o sexto. Com 3/2, Djoko viu Bellucci jogar demais e dominar vários pontos. Ele fez 15/30, após balançar o sérvio e aplicar uma linda curtinha. A essa altura, o líder do ranking jogava com o braço curto, e encontrou nas bolas anguladas a estratégia perfeita para sair da enrascada. Movimentando-se mais do que gosta, o brasileiro errou duas bolas por pouco e não obteve sucesso na tentativa de quebrar.
Depois disso, a natural frustração fez o paulista diminuir o ritmo no game seguinte e perder o saque de 0. Com 5/2, Djokovic ainda saiu em 0/30, mas recuperou-se, contou com erros do oponente e fechou, em 1h37min, mais uma suada vitória sobre Thomaz Bellucci.