A canadense Gabriela Dabrowski, medalhista de bronze nas duplas mistas em Paris 2024 ao lado de Felix Auger Aliassime, fez uma bombástica revelação ao declarar que disputou os JOgos Olímpicos em meio a um tratamento contra o câncer de mama.
Crédito: Jimmie 48| WTA
Em um relato detalhado publicado no Instagram como despedida de 2024, Dabrowski conta que na primavera (hemisfério norte, após março) de 2023 identificou uma formação no seio esquerdo durante a realização do autoexame. A tenista relata que procurou um médico que afirmou não se tratar de nada importante. Um ano depois, a tenista sentiu que o 'caroço' havia crescido e em conversa com uma fisioterapeuta da WTA , que chegou o local, foi ordenada pela profissional da associação a realizar exames de imagem. Após uma radiografia e um ultrassom, Dabrowski conta que enviou os exames a um radiologista para analisá-lo e ouviu do profissional: "Isso parece algo feio e eu quero que vocês faça uma biopsia".
Ainda em abril, Gaby fez a biopsia e relata: "A biopsia preliminar deu resultado no mesmo dia: Câncer. Estas palavras que você nunca pensa que vai ouvir e é aí que sua vida ou a vida de quem te ama vira de ponta cabeça".
Dabrowski foi submetida a duas cirurgias no mês de maio e duas semanas antes do WTA de Nottingham (Inglaterra em junho) estava fazendo uma recuperação em quadra. A tenista entrou na temporada de grama ao lado da atual parceira, a neozelandesa Erin Routliffe e venceu o título em Nottigham e foram vices em Eastbourne e Wimbledon.
A disputa do mais tradicional Grand Slam do tênis e dos Jogos Olímpicos levaram a tenista a decidir atrasar o tratamento seguinte, que foi feito após a medalha em Paris com radioterapia e tratamento por fadiga. Entre Toronto, onde ficou com o vice, e o US Open (agosto) a tenista ainda passou por uma terapia endócrino para o câncer.
A tenista relata que não falou sobe o tema antes por não estar preparada para os questionamentos que receberia e pensou em compartilhar sua história durante o outubro rosa. "Eu sei a importância do diagnóstico precoce, de comer bem e te bons hábitos", destaca ela como auxílio para o tratamento.
A canadense, que foi parceira da paulistana Luisa Stefani entre 2020 e 2022, ainda apontou que no início de seu tratamento ficou com receio de ser sempre apontada como a "pessoa com câncer", mas que agora sente-se orgulhosa de dizer que é uma "sobrevivente".
Gaby não deixa claro se sua parceira ou mesmo Aliassime estavam cientes de seu quadro durante o ano, mas em resposta a sua publicação no Instagram o canadense pontuou: "História maravilhosa, Gaby🙌🏽. Grande força de caácter e perseverança👏🏽 . Tenha um ótimo 2025!", desejou.
Routliffe também respondeu a parceira: "Minha garota 🫶🥹 é sorte estar ao seu lado durante tudo isso. Estamos aqui para mais sorrisos em 2025!", escreveu a neozelandesa que fechou a temporada com Gaby vencendo o WTA Finals.
Diversas jogadoras demonstraram carinho e apoio ao lado de Dabrowski, entre elas as americanas Coco Gauff, Jessica Pegula e Asia Muhammad, a tunisiana Ons Jabeur, a australiana Ellen Perez, a russa Daria Kasatkina, a holandesa Demi Schuurs e a chilena Alexa Guarachi. A brasileira Luisa Stefani, que fez parceria dee sucesso com a canadense, também postou em suas redes sociais.
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