Por Fabrizio Gallas - No papel, Camberra é um challenger forte com bons tenistas e a conquista dá um bom indicativo. Mas muito além de conquistar é a forma como isso foi feito.
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João Fonseca não perdeu NENHUM SET e tampouco esteve perto ou ameaçado disso. Um 7/5 nas oitavas contra Duje Adjukovic em parcial que liderava e teve um pequeno deslize e um 1/3 contra Mayot nas quartas no segundo set onde recuperou-se rapidamente. Os placares na semana inteira servem de espelho para o nível impressionante adotado pelo brasileiro com o saque, forehand potente e preciso, backhand igual, passadas, devoluções em cima da linha de base, sufocando os oponentes. Jogos rápidos. Sem drama. Entrando como favorito em todos eles e confirmando.
Conquista com autoridade, ranking subindo para 113º lugar e mostrando que o nível do brasileiro está em outro patamar, na primeira prateleira do circuito mundial.
O carioca deu mais uma mostra impressionante e, se já tinha deixado o mundo do tênis impressionando no NextGen Finals, só aumentou a atenção do tênis mundial. Esta semana a lenda Brad Gilbert fez a aposta: top 25 ainda em 2025. Gilbert levou Andre Agassi, Andy Roddick ao topo e Coco Gauff ao título do US Open. Nick Kyrgios também enalteceu o brasileiro e disse que ele será uma estrela em cinco anos.
O próximo desafio é o Australian Open. Difícil imaginar que o carioca ficará fora da chave principal deste Grand Slam que promete ser o primeiro de sua carreira ainda mais em um quali melhor de três sets. Basta manter os pés no chão e seguir trabalhando. Uma das poucas provas que o brasileiro ainda não se submeteu foram os jogos melhor de cinco sets, mas aí é papo para daqui a uma semana.
Que os adversários se cuidem, caso contrário o estrago do carioca será enorme em Melbourne.