Bia Haddad volta a ser passiva e mostra que Meligeni está certo

Por Fabrizio Gallas - Quatro ótimas semanas com final em Cleveland, quartas do US Open, título de Seul e altas expectativas foram criadas para Bia Haddad. Batendo perto do top 10 e com reais chances de chegar novamente no grupo esta semana, podendo até com quartas de final. Crédito: Jimmie 48 Photography/WTA

Leia Mais:

Meligeni explica a qual lugar Bia pertence

Entre em nosso canal do Whatsapp - Entre em nosso Bluesky

Mas em um torneio de maior calibre, em Pequim, um WTA 1000, Bia voltou a mostrar oscilação, sofreu contra uma chinesa desconhecida, tendo 4 a 1 abaixo em uma das parciais. Na madrugada desta segunda a brasileira começou bem, agressiva, mas o saque voltou a cair, por certo momento a brasileira parou de acertar o toss, e seu jogo meio que desmoronou, voltou a ficar passivo. Madison Keys, comandou as ações, chegou a fazer uma série de seis games seguidos, Bia se recuperou no segundo, mas Keys fechou a partida. Foram quase trinta winners da americana, quase o triplo da brasileira.
Não sei exatamente se a pressão pela possibilidade do top 10 influenciou, certo é que a queda de saque acabou mudando o rumo positivo que a brasileira vinha tendo.
Bia terá mais poucas semanas importantes no restante desse ano na busca para tentar entrar no top 10 e ainda com os 700 pontos a descontar de Zhuhai.
A questão levantada por Fernando Meligeni na última semana que a paulistana pertence ao top 15 e ainda não ao top 10 parece cada vez mais clara. Falta constância. Faltam mais semanas indo longe, mantendo o mesmo nível para virar de fato uma top 10. 
E cabe fazer esse comentário pois quando joga bem, Bia consegue derrotar jogadoras do calibre entre as cinco do mundo e é temida. Se não tivesse nível não estaríamos fazendo tais ponderações.
Enquanto assim for, sem manter o padrão, a brasileira vai oscilar entre 12, 15, 20, 20 e poucos, fará bons resultados e subirá novamente, pode bater eventualmente o top 10, mas a tendência é de não se manter. 

E vamos lá. Precisamos exaltar. Pertencer e ser uma top 15 é histórico para o tênis brasileiro, um nível de excelência que não era alcançado por nenhuma tenista nacional em simples há várias décadas. 
O próximo torneio será em Wuhan, mais um WTA 1000, depois um WTA 500 em Tóquio. Novas oportunidades em busca dos objetivos.