Por Fabrizio Gallas - Bia Haddad segue quebrando barreiras nesta edição do US Open no resgate de seu bom tênis. Uma partida difícil contra uma ex-número 1, campeã de Grand Slam e super respeitada Caroline Wozniacki. Nem sempre se vai vencer por 6/3 6/1, 6/1 6/2. Em um Grand Slam o nível de dificuldade é muito alto e é preciso saber sofrer.
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Aquela Bia do ano passado e do final de 2022 de fato voltou. Aquela convicção, confiança, o saque já não fica tão vulnerável como antes. O clique não foi agora neste torneio, mas sim no anterior, em Cleveland, um WTA 250. Às vezes é preciso baixar um pouco o nível, descer um degrau para subir dois adiante. E assim vem sendo.
O próximo desafio será uma montanha para a brasileira. Karolina Muchova é uma jogadora agressiva, que varia e vem pra rede, tem um estilo diferente da maioria do circuito. Bia nunca a derrotou. Esteve perto ano passado em Cincinnati em uma batalha de três sets. Sim, a tcheca é 52 do mundo, mas fez semifinal ano passado, foi vice de Roland Garros e só está com esse ranking porque ficou sem jogar de setembro de 2023 até junho desta temporada.
O estilo não encaixa adequadamente com o da brasileira, mas quem sabe não seja o momento da brasileira quebrar essa barreira. A chavinha ela já virou. A má fase que perdurou meses foi deixada de lado.
Bia é a primeira brasileira nas quartas do US Open desde Maria Esther em 1968, primeira desde Gustavo Kuerten nas quartas do torneio, em 2001, e tenta ser a primeira contando homens e mulheres na semi de dois Grand Slams diferentes na Era Aberta do tênis, ou seja, do tênis profissional.
A campanha já vem rendendo frutos no ranking. O top 20 já é garantido, ela será no mínimo número 18 do mundo. Se for para a semi seria a 13ª. No bolso também rende muito bem, já são US$ 561 mil contando as duplas e a semi bateria recorde pessoal indo para mais de US$ 1 milhão. É um jogo que vale demais o de quarta-feira.
E a Luisa Stefani ? Mais uma excelente vitória contra dupla cabeça de chave 9. Vai se colocando no top 8 do ano com Demi Schuurs e tem uma parada dura pela frente contra Siniakova/Townsend nesta terça, cabeças de chave 3. A brasileira joga pelo terceiro dos últimos quatro anos uma quartas em Nova York. A dupla este ano já fez quartas no Australian Open.
Nossas meninas estão brilhando e podem sonhar em Nova York.