Navarro confessa que não gosta de ser o centro das atenções

Algoz da bielorrussa Aryna Sabalenka, a norte-americana Emma Navarro conversou com os jornalistas após a maior vitória de sua carreira e comentou que não gosta muito de ser o centro das atenções em jogos e torneios importantes.

"Estou muito emocionada, trabalhei duro ao longo dos anos para chegar a este ponto e jogar em um nível em que posso competar com os melhores do mundo, acho que foi isso que mostrei hoje. Estou muito feliz por conseguir essa vitória, estou pronto para o que vier", comentou a norte-americana.

Navarro tornou-se a tenista que mais venceu partidas no ano e destacou que tantos bons resultados têm aumentado sua confiança: "Meu treinador gosta de dizer que eu adoro me colocar em uma situação adversa. Eu amo lutar. (Essa) É uma das coisas que mais amo no tênis, mas também me esforcei muito para me certificar de que sou forte o suficiente para ser capaz de percorrer a distância necessária. Ter esse fator me dá muita confiança, me faz ver que posso ficar em quadra o tempo que for necessário, sabendo que não vou perder por cansaço ou por não estar em forma", declarou ela que trabalha com há 12 anos e ressaltou o quanto ambos sabem o trabalho que levou até chegar a vitória de hoje.

Navarro está virtualmente dentro do top 20 e não parece deslumbrada: "Houve momentos em que não me senti satisfeito com o meu ranking, embora pouco a pouco tenha minimizado esta questão. Eu só quero jogar um bom tênis, continuar melhorando, só perdi essa mentalidade em alguns momentos estando no circuito, quando estava perto de entrar no top 100, então pensei que só seria feliz se conseguisse. Quando cheguei lá, vi que era ótimo, mas sempre havia um próximo desafio. Ranking é só um número, agora percebo que não me importo tanto".

Emma Navarro foi perguntada sobre como se sentia em ser a grande surpresa do dia, ela revelou: "É um pouco estranho e antinatural para mim estar no centro das atenções, estar jogando em uma quadra central com muitos fãs e olhos em mim, não é usual. É uma coisa única, mas a cada dia me sinto mais confortável com isso, sinto que posso ser eu mesma, mesmo que haja pessoas assistindo. Mesmo que eu não demonstre minhas emoções, lá dentro eu vivo isso com muita emoção, grata às pessoas ao meu redor e ao trabalho de todos esses anos".