Navratilova, após diagnóstico dramático, pensou que não teria outro natal

Uma das maiores tenistas da história, Martina Navratilova, participou do podcast On with Kara Swisher e falou muito sobre a questão dos atletas trans, da recepção da comunidade LGBTQIAP+ no esporte e sobre sua batalha contra o câncer.

A ex-número 1 do mundo falou sobre a segunda vez em que precisou enfrentar a doença e revelou um diagnóstico estarrecedor: "Na segunda vez que fui diagnosticado, eu disse: 'Porra, posso morrer em um ano ou menos'. O médico que o diagnosticou me disse que poderia estar nos pulmões, nos rins ou no fígado, o que significava que também poderia estar no cérebro. Antes de saber exatamente onde estava, fiquei com medo de que isso pudesse ser uma sentença de morte", contou.

“Depois que descobri que não era bem assim, o prognóstico foi muito bom, mas ainda assim (a doença) coloca as coisas em perspectiva, com certeza", confessou ela.

Repensar a vida fez com que a ex-tenista, que anunciou há poucas semanas estar livre da doença, repensasse também amizades e outras relações: “Quando sua saúde está em uma encruzilhada como essa, todo o resto fica em segundo plano. Primeiro, você tem que ficar saudável. Aprendi a ficar longe de pessoas que não me davam energia, que apenas a absorviam. Ao mesmo tempo, procuro dar energia às pessoas, mas tem que ser uma situação simbiótica, e não apenas de sentido único”.

Navratilova recordou o pânico do diagnóstico: "No momento em que me contaram, entrei em pânico total por três dias, pensando que talvez não estaria aqui no próximo Natal. A lista de coisas que eu queria fazer veio à mente. E isso pode parecer muito superficial, mas pensei em que carro eu queria dirigir no último ano da minha vida".