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Pegula destaca diferença salarial entre WTA e ATP e aponta meios de melhorias

Quarta, 29 de novembro 2023 às 10:30:00 AMT

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Tênis Profissional

Jessica Pegula concedeu uma entrevista à revista Forbes dos Estados Unidos e falou muito sobre sua evolução no circuito, do futuro e perspectivas do tênis do país sem Serena Williams e das evoluções que a WTA necessita.



Aos 27 anos, Pegula passou a maior parte de sua carreira lutando para se firmar no top 100, coisa que mudou há quase 4 anos. A norte-americana pontuou que apesar de acreditar que era possível estar no topo do esporte, também sabia o quanto era difícil para ela e destacou a campanha do Australian Open 2019 como um divisor de águas.

"Ir tão longe em um Grand Slam é algo que nunca consegui antes. Desde então, consegui ir longe em todos os torneios que joguei. Naquele momento percebi que poderia jogar ao mais alto nível".

A tenista tem como principal objetivo da carreira conquistar um torneio do Grand Slam e apesar de avançar muito nas chaves ainda tem falhado nos momentos decisivos, mas segue confiante: “Tive muito mais sucesso do que esperava nos Grand Slams. Antes eu tentava passar da primeira fase, agora o objetivo é chegar às semifinais ou vencer uma. Cheguei bem perto este ano em Wimbledon, mas perdi para a atual campeã. Eu sei que estou lá. No tênis feminino há tanta profundidade que qualquer um pode avançar a qualquer momento. Isso me dá confiança de que posso alcançá-lo".

Pegula também comentou o momento do tênis americano, que enfrentou a aposentadoria de seu maior nome, Serena Williams, em 2022 mas conta com muitos atletas nos top 100 de ATP e WTA.

“Há oportunidades para todos. Vimos como Coco Gauff aproveitou bem isso no US Open mostrando que poderia ser campeã do Grand Slam. Isso é algo que também me motiva. Com a saída de Serena, parece que tudo ficou mais aberto. Mesmo quando ela não estava jogando o circuito completo, ela era a favorita. Agora parecem tempos diferentes, embora já tenhamos visto quem são os melhores. Ninguém pode substituir Serena. Ter vários americanos ajuda. Só que Coco sofre muita pressão para ser vista como a próxima Serena ou Vênus", ressaltou.

Pegula também comentou a discrepância salarial entre os circuitos feminino e masculino: "

“O tênis feminino é um ótimo esporte, um dos mais bem pagos para as mulheres, mas, ao mesmo tempo, a diferença salarial é muito grande. Sempre falamos em igualdade nos Grand Slams, mas são quatro torneios por ano. A premiação não é igual em muitos dos outros torneios. Nossa temporada é longa, 10/11 meses e há um grande diferencial no qual continuamos trabalhando. Acho que temos que melhorar o nosso marketing, algo que vai melhorar com a WTA tendo uma empresa privada que vai cuidar da parte comercial. Então começaremos a ter melhores acordos com as emissoras de televisão. Estamos tentando iniciar o caminho com os mesmos prêmios econômicos com algumas mudanças na estrutura do circuito. Esperamos ver os resultados nos próximos anos.”
 

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