Kyrgios diz não ter pressão em Wimbledon e nada a provar mais

Em entrevista ao site da Associação dos Tenistas Profissionais, a ATP, o australiano Nick Kyrgios, finalista do ano passado em Wimbledon, disse que não tem nada a perder

“Faltou uma vitória, mas não estou triste em dizer que perdi para o GOAT e dei a ele uma partida real. Acho que não tenho mais nada a provar na minha carreira. Eu venci alguns jogadores incríveis, venci eventos realmente grandes, fiz uma final Grand Slam, ganhei um Grand Slam de duplas", disse o tenista 31 do mundo que comentou sobre o jogo na grama.

“Eu acho que você olha para alguns dos melhores jogadores de quadra de grama do mundo, alguém como Roger (Federer) era tão bom porque ele foi capaz de se adaptar e acertar tantos golpes diferentes”, disse Kyrgios. “Acho que o australiano não se importa de ficar um pouco sujo e tentar encontrar maneiras diferentes de vencer. Então é por isso que você vê tantos de nós tendo bons resultados no piso". 

“Acho que apenas a capacidade de tirar uma mão da raquete (é vital na grama)”, disse Kyrgios ao ATPTour.com na semana passada. “Volleys, corte, bloqueio de retornos, todos os intangíveis. Você consegue tantos saltos ruins na grama, e [você tem que ser] capaz de cortar e largar o arremesso e trazer tantos aspectos diferentes para o jogo.”

“Acho que é o fato de você ter feito todo o trabalho de sua vida para realmente fazer o resultado daquele torneio, que será lembrado pelo resto de sua vida. É um sentimento muito especial. Acho que todo tenista, no final do dia, trabalha muito para ter um desses resultados em um Grand Slam."

Apesar de vir de lesão e ter apenas um jogo no ano, ele acredita que a mística da campanha passada pode lhe ajudar: "Acho que vai me ajudar em alguma coisa, o fato de já ter postado um resultado tão bom lá e de conhecer aquela quadra central tão bem”, disse Kyrgios, que detém um recorde de 20-8 na quadra de grama. “Eu sei o que preciso fazer para ter sucesso. Acho que toda a pressão está fora de mim, para ser honesto."

Ele estreia contra o belga David Goffin e teria Djokovic em uma eventual quartas de final.